Polícia
A Polícia Civil de São Paulo apura uma possível nova estratégia criminosa: a clonagem de chaves eletrônicas de veículos para facilitar furtos, sem deixar vestígios. Um dos casos mais recentes ocorreu em 9 de fevereiro, no bairro de Indianópolis, Zona Sul da capital.
O empresário Rafael Nogueira, de 26 anos, havia alugado um Honda Civic por 30 dias enquanto trabalhava temporariamente na cidade. Ele estacionou o carro por volta das 20h30 na Alameda dos Arapanés e, ao retornar às 6h da manhã, o veículo havia desaparecido.
Câmeras de segurança registraram o momento exato do furto: um homem se aproxima do carro, aciona um botão semelhante ao de um controle remoto, entra e parte com o automóvel em menos de um minuto. Rafael acredita que a chave tenha sido copiada por alguém que já havia utilizado o carro anteriormente, possivelmente com apoio interno. A suspeita foi compartilhada na delegacia.
Mesmo com boletim de ocorrência e vídeos como prova, a locadora Localiza Rent a Car exigiu o pagamento de uma franquia de R$ 15 mil para devolver a chave. Ao se recusar, Rafael recebeu uma cobrança de R$ 36 mil, valor que inclui a franquia e taxas contratuais. O caso agora está em análise judicial, com pedido de indenização por danos materiais e morais.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o 96º DP investiga o caso. A SSP informou que o número de roubos de veículos caiu quase 8% na capital no primeiro bimestre, com mais de 3 mil veículos recuperados.
Casos semelhantes foram registrados com o uso de controles de portões clonados, inclusive em um assalto que terminou na morte de um engenheiro, também na Zona Sul.
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