Polícia
Três pessoas morreram em São Paulo após consumirem bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, segundo o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado. Outros seis casos foram confirmados e dez ainda estão sob investigação.
O metanol, substância usada como combustível e imprópria para consumo humano, estaria sendo utilizado na falsificação de produtos como gim, uísque e vodka.
As autoridades reforçam a orientação para que consumidores comprem apenas bebidas de fabricantes legalizados, observando rótulo, lacre de segurança e selo fiscal.
De acordo com o CVS, é fundamental evitar opções de origem duvidosa, já que a ingestão de metanol pode causar sintomas graves como visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura e até perda de consciência.
A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) recomenda atenção ao estado da embalagem, à vedação da tampa e ao registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que garante a rastreabilidade do produto.
Outra dica é desconfiar de preços muito baixos em relação ao mercado, especialmente em rótulos importados. Em bares e restaurantes, especialistas indicam que o consumidor peça para a bebida ser servida na sua frente.
Diante do aumento dos casos, o Procon-SP anunciou a intensificação das fiscalizações em conjunto com a Polícia Civil.
Produtos suspeitos poderão ser apreendidos para análise laboratorial, e a entidade orienta que consumidores denunciem irregularidades e procurem atendimento médico imediato em caso de sintomas após o consumo.
A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) ainda levanta a hipótese de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) esteja envolvido na adulteração, a partir de metanol importado ilegalmente para fraudes em combustíveis.
Para especialistas, o episódio reforça a necessidade de retomar o Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), desativado em 2016, como forma de reduzir a falsificação e aumentar a rastreabilidade no setor.
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