Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 11/10/2025, às 13h04
Mãe e filha morreram após comerem um pedaço de bolo envenenado no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo (SP). O doce havia sido levado até elas depois de uma festa de aniversário em família.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), nenhuma das pessoas que comeu o bolo durante a comemoração passou mal. A Polícia Civil investiga o caso como duplo homicídio.
As vítimas foram identificadas como Ana Maria de Jesus, de 52 anos, e Larissa de Jesus Castilho, de 21. Uma terceira pessoa, uma adolescente de 16 anos, também comeu o bolo depois, mas sobreviveu.
Larissa e a adolescente participaram da festa de aniversário de um primo. Ana Maria, que trabalhava no dia, não conseguiu comparecer. Um pedaço do bolo foi separado para ela, assim como a filha pediu.
Segundo o depoimento de um sobrinho, ele guardou o doce e o entregou lacrado à tia na manhã seguinte.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Ana Maria recebeu a sacola, por volta das 11h30. Ela só comeu o bolo no fim da tarde, quando estava sozinha.
Cerca de 40 minutos depois, ligou para a filha dizendo que estava passando mal e não conseguia ficar de pé. Larissa pediu ajuda a uma das irmãs, que encontrou a mãe convulsionando na cama. Ana Maria foi levada ao Hospital Heliópolis e precisou ser intubada.
Sem saber da contaminação, Larissa e a adolescente voltaram para casa por volta da meia-noite e comeram o restante do bolo.
A jovem teria comentado que o sabor estava estranho. Cerca de 20 minutos depois, as duas começaram a sentir enjoo e falta de ar. Larissa convulsionou e ficou com o corpo arroxeado, de acordo com relato da sobrevivente.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. Após 40 minutos de tentativas de reanimação, a jovem morreu no local.
Ana Maria chegou a receber alta após uma semana de internação, mas voltou diversas vezes ao hospital com sintomas de intoxicação. Em nova internação, morreu por conta de insuficiência respiratória dada por envenenamento.
Familiares foram ouvidos em depoimentos. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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