Polícia

PF desmonta quadrilha que usava empresas falsas para obter benefícios do INSS

O prejuízo com esses benefícios é superior a R$ 850 mil. - Fotos: Divulgação/ Polícia Federal
"Dono" de 500 empresas foi preso durante a Operação Serôdio, por esquema de fraudes previdenciárias junto com outros dois criminosos.  |   BNews SP - Divulgação O prejuízo com esses benefícios é superior a R$ 850 mil. - Fotos: Divulgação/ Polícia Federal
Camila Lutfi

por Camila Lutfi

Publicado em 05/06/2025, às 13h05



Três pessoas foram presas temporariamente, na manhã da última quarta-feira (4), durante a Operação Serôdio, que combate fraudes em aposentadorias e salários-maternidade no Ceará. Um dos detidos é "dono" de 500 empresas e utilizava familiares para operacionalizar o esquema.

Segundo a Polícia Federal (PF), os levantamentos realizados demonstraram que os principais responsáveis pelas práticas ilícitas seriam uma família composta de empresários, pessoas físicas e um contador.

A PF explica que os criminosos inseriam vínculos extemporâneos via Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) e, recentemente, via e-social no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Eles utilizavam empresas fictícias para o registro dos vínculos empregatícios falsos.

Com isso, obtinham benefícios de aposentadoria e de salário-maternidade para membros da família. Segundo a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) do Ministério da Previdência Social, foram identificados 13 benefícios, sendo duas aposentadorias e 11 salários-maternidade, concedidos de forma irregular.

O prejuízo com esses benefícios é superior a R$ 850 mil. No entanto, a economia projetada com a descoberta do esquema criminoso é de aproximadamente R$ 1,6 milhão, relativos a pagamentos futuros evitados com a ação da PF.

Além das prisões, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades cearenses de Mombaça e Iguatu. A operação foi realizada em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

Os investigados nas fraudes poderão responder por associação criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsidade material e lavagem de dinheiro.

Classificação Indicativa: Livre

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