Polícia

Quem é Paulo Frateschi, ex-deputado esfaqueado pelo próprio filho em SP

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Professor, ex-parlamentar e fundador do PT, Frateschi foi preso durante o regime militar e dedicou a vida à luta pela democracia e direitos humanos  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 06/11/2025, às 12h50



O ex-deputado estadual Paulo Frateschi, figura histórica do Partido dos Trabalhadores (PT) e referência na militância de esquerda, morreu nesta quinta-feira (6), em São Paulo, aos 69 anos.

Segundo informações confirmadas por fontes ligadas ao partido, ele faleceu no Hospital das Clínicas após ser atingido por uma facada desferida por um de seus filhos.

De acordo com a revista Fórum, o filho, Francisco Frateschi, teria sofrido um surto em decorrência do uso de medicamentos.

A tragédia comoveu amigos, militantes e figuras políticas de todo o país, que manifestaram pesar nas redes sociais. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento.

Quem é Paulo Frateschi?

Professor e militante histórico, Paulo Frateschi teve uma trajetória profundamente ligada à luta democrática. Durante a Ditadura Militar, foi preso e torturado por sua atuação política. Sua libertação no saguão da Folha de S.Paulo tornou-se um dos episódios simbólicos da resistência civil ao regime.

Foto: Reprodução/Instagram

Na redemocratização do Brasil, Frateschi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores e teve papel decisivo em sua consolidação. Entre 1987 e 1991, foi deputado estadual em São Paulo, destacando-se pela defesa das liberdades civis e dos direitos humanos.

Mais tarde, atuou como secretário de Relações Governamentais na gestão da prefeita Marta Suplicy (2001–2004), além de ocupar cargos de direção no Partido dos Trabalhadores em diferentes períodos.

Em 2019, ao comentar a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atual chefe do Executivo brasileiro, Frateschi comparou o episódio à perseguição política vivida durante os anos de chumbo, afirmando: “É o bastante para demonstrar o fim da democracia no Brasil e para demonstrar que Lula é, sim, um preso político.”
Sua morte encerra uma trajetória marcada pela coragem, coerência e fidelidade aos ideais democráticos.

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