Polícia
O influenciador digital Hytalo Santos e o marido, Israel Natan Vicente, conhecido como Euro, foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O local, que comporta oficialmente 500 internos, já abrigava 889 presos até a última sexta-feira (15/8), segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Os dois foram retirados da Delegacia de Carapicuíba, na Grande São Paulo, e transferidos na tarde de segunda-feira (18). Hytalo chegou a chorar ao ser colocado no veículo de escolta da polícia.
O casal é investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de tráfico humano e exploração sexual infantil. A prisão preventiva foi decretada após uma operação conjunta que envolveu o MPPB, o Ministério Público do Trabalho, a Polícia Civil de São Paulo e da Paraíba, além da Polícia Rodoviária Federal.
De acordo com as autoridades, a captura ocorreu em uma mansão alugada em Carapicuíba, onde o casal estava desde quinta-feira (14/8). O imóvel tinha piscina, churrasqueira e ampla área de lazer. No momento da prisão, oito pessoas foram encontradas no local, todas maiores de idade e sem antecedentes criminais, segundo o portal Metrópoles.
O mandado judicial foi expedido pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux, na Paraíba.
O caso ganhou projeção após o influenciador Felca divulgar vídeos em que Hytalo aparecia com menores de idade em contextos considerados de adultização precoce. O material gerou indignação e acelerou a apuração sobre a conduta do casal.
Além do inquérito atual, Hytalo responde a outras duas ações do Ministério Público e é alvo de investigação pelo Ministério Público do Trabalho.
Hytalo e Euro permanecem em prisão preventiva em São Paulo e ainda devem ser submetidos a audiência de custódia. A decisão final sobre uma possível transferência cabe à Justiça da Paraíba.
A defesa do influenciador declarou que ele sempre se apresentou às autoridades e que ainda não teve acesso completo à decisão judicial que embasou a prisão. Segundo os advogados, será protocolado um pedido de habeas corpus e outras medidas cabíveis para tentar reverter a situação.
Superlotação carcerária, acusações de extrema gravidade e forte repercussão pública colocam o caso no centro das atenções, ampliando o debate sobre responsabilidade digital e proteção de menores.
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