Política
por Camila Lutfi
Publicado em 29/07/2025, às 17h17
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália nesta terça-feira (29), segundo o Ministério da Justiça.
Após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, a parlamentar fugiu ao país europeu na intenção de evitar as chances de ser presa, visto que possui cidadania italiana.
No entanto, esse fato não impediria a extradição e prisão de Zambelli, que entrou para a lista da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) ainda em maio deste ano.
Segundo o g1, agentes da polícia foram até o apartamento que a deputada estava ocupando e fizeram a prisão. Não se sabe ainda quando ela virá para o Brasil.
O deputado italiano Angelo Bonelli informou nas redes sociais que foi o responsável por indicar o endereço de Zambelli para a polícia italiana.
“Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu na sua conta do X.
Carla #Zambelli e’ in una casa a Roma. Ho comunicato alla polizia l’indirizzo ed in questo momento la polizia ha identificato Zambelli.
— Angelo Bonelli (@AngeloBonelli1) July 29, 2025
Carla Zambelli está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia, neste momento a polizia esta identificando Zambelli. pic.twitter.com/UWDg3j7Hen
No dia 14 de maio, a deputada foi condenada, além da perda do mandato, por estar envolvida na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao lado do hacker Walter Delgatti.
No dia 5 de junho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um pedido de prisão preventiva. Com a decisão, está inelegível por oito anos.
Com cidadania italiana, Zambelli havia indicado ver no país um ambiente político favorável, visto que é governado por Georgia Meloni, primeira-ministra do partido de direita Fratelli d'Italia.
Em entrevista à CNN, ela revelou ser "intocável" na Itália por ter a cidadania. Porém, nessa época, a PGR já havia solicitado sua prisão no país, faltando apenas ao relator do caso, Alexandre de Moraes, autorizar o pedido e ordenar a prisão preventiva.
Assim, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, formalizaria o pedido de extradição pela pasta. Dessa forma, Carla Zambelli não poderia ser "intocável" na Itália.
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