Política
A forte ventania que atingiu São Paulo desde a madrugada desta quarta-feira (10) provocou um apagão de grandes proporções na capital e na Grande São Paulo.
Segundo a Enel, cerca de 2,3 milhões de imóveis ficaram sem energia durante o pico do problema, registrado às 18h. Na manhã desta quinta-feira (11), ainda eram 1,5 milhão de unidades afetadas.
O fenômeno foi provocado por rajadas de vento de até 98 km/h, resultado de um ciclone extratropical que avançou pelo Sul do país. A ventania derrubou árvores, postes e cabos, aumentando o tempo necessário para o restabelecimento da energia.
“Muitas árvores caíram sobre a rede, muitos postes foram quebrados, muitos cabos partidos. Automaticamente, o tempo de reparo desses defeitos é maior”, explicou Márcio Jardim, diretor de Operações da Enel São Paulo, para o Estadão.
Para reduzir o impacto, a empresa está utilizando geradores em locais estratégicos, priorizando hospitais, clínicas e residências com pacientes que dependem de aparelhos médicos. Mais de 1,4 mil equipes foram mobilizadas para atuar nos reparos.
Jardim afirmou que a companhia investiu R$ 10,4 bilhões até 2027 em tecnologia e podas de árvores. Ainda assim, alertou que a responsabilidade sobre a vegetação é do poder público, e ventos fortes podem derrubar árvores mesmo com a poda realizada.
Ele também explicou que o prazo para a energia ser totalmente restabelecida ainda não está definido, já que a Enel realiza o levantamento dos danos. Alguns bairros podem ter o fornecimento normalizado em 24 horas, enquanto outros podem demorar mais.
A Enel orienta que os moradores solicitem atendimento pelo site, aplicativo, WhatsApp (21 99601-9608) ou pelo telefone 0800 72 72 196. As medidas ajudam a população a se planejar diante do apagão, seja para preservar alimentos ou reorganizar o home office.
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