Política
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O governo federal dará início, na próxima quinta-feira (4), ao “Gás do Povo”, iniciativa que substituirá e ampliará o atual Vale-Gás. O novo formato prevê beneficiar 15,5 milhões de famílias em 2026, com a distribuição de 58 milhões de botijões de gás em todo o país.
A cerimônia de lançamento será realizada no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte (MG), atendendo a um pedido do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que já se movimenta nos bastidores políticos de olho em uma possível candidatura ao Senado.
No modelo em vigor, os beneficiários recebem em dinheiro o valor do auxílio, que pode ser usado para diferentes despesas, segundo a CNN.
A mudança proposta pelo governo Lula estabelece um formato mais rígido: as famílias inscritas no CadÚnico, com renda per capita de até meio salário mínimo, terão direito a retirar gratuitamente um botijão de GLP (gás de cozinha) diretamente nos pontos autorizados.
Essa alteração busca garantir que o benefício seja utilizado exclusivamente para a compra do gás de cozinha, evitando desvios de finalidade. Cada família terá direito a apenas um botijão por vez, e as revendedoras cadastradas serão reembolsadas pelo governo, com valores ajustados de forma regionalizada.
“O Gás do Povo é mais que um auxílio: é segurança alimentar e dignidade para milhões de brasileiros.”
O Palácio do Planalto enxerga o programa como um dos principais cartões de visita do governo Lula para o próximo ano eleitoral. A escolha do nome não foi por acaso: o “Gás do Povo” dialoga diretamente com o “Luz do Povo”, iniciativa recente que ampliou a tarifa social de energia elétrica para famílias de baixa renda.
Segundo informações de bastidores, o Projeto de Lei Orçamentária de 2026 (PLOA) já reserva R$ 5,1 bilhões para financiar a nova política pública.
A meta é transformar o acesso ao gás em um direito garantido, e não apenas em um auxílio temporário.
O anúncio estava inicialmente marcado para 5 de agosto, mas acabou adiado. Agora, com o evento confirmado, o governo pretende dar maior visibilidade ao programa e reforçar a imagem de proximidade com a população de baixa renda.
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