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Greve de ônibus em SP termina após acordo; Nunes detalha negociação

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Após reunião entre prefeito e SindMotoristas, transporte público de São Paulo é normalizado com compromisso de pagamentos.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Agência Brasil
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 10/12/2025, às 10h19



A paralisação que afetou parte do transporte público de São Paulo na tarde desta terça-feira (9) foi encerrada após uma reunião emergencial entre o prefeito Ricardo Nunes, representantes do SindMotoristas e dirigentes das empresas concessionárias. O encontro, realizado no início da noite, selou um acordo para regularizar pagamentos e garantir a retomada imediata da operação.

De acordo com o prefeito, a conversa foi “muito positiva” e permitiu recompor integralmente o serviço ainda durante a noite. As empresas se comprometeram a quitar salários, 13º e benefícios atrasados até o dia 12 de dezembro.

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Prefeitura ameaça romper contratos em caso de descumprimento

Ricardo Nunes afirmou que a administração municipal adotará medidas firmes contra qualquer empresa que ignore o acordo firmado.

“A concessionária que não pagar o 13º no dia 12 será notificada no dia 13, já para o início do processo de caducidade”, declarou o prefeito para a CNN.

Ele também reforçou que não há pendências financeiras da Prefeitura com as empresas e classificou como “mal-entendido” a justificativa apresentada por parte do setor empresarial.

A greve começou por volta das 16h e atingiu linhas de diversas regiões, causando impacto significativo no trânsito e na volta para casa de milhares de passageiros.

O que motivou a paralisação

Segundo o SindMotoristas, a greve foi motivada pelo não pagamento do 13º salário e pela falta de repasse do vale-refeição nas férias, benefício conquistado na última campanha salarial.

Durante a coletiva no gabinete do prefeito, um representante do sindicato chegou a deixar a sala para comunicar imediatamente os trabalhadores sobre o acordo e orientar o retorno às atividades.

O sindicato afirmou que a categoria aderiu à paralisação “com quase 100% de participação” e que, com o compromisso assumido pelas empresas, o movimento estava oficialmente encerrado.

Responsabilização judicial e críticas ao movimento

Mesmo com o desfecho, o prefeito anunciou que a Prefeitura seguirá acionando a Justiça para responsabilizar os organizadores, afirmando que não houve assembleia formal nem aviso prévio de 72 horas, exigências legais para greves em serviços essenciais.

Em paralelo, o município também registrou boletim de ocorrência contra empresas que aderiram à paralisação sem cumprir as normas previstas.

Nas redes sociais, usuários relataram dificuldades para retornar para casa no fim da tarde. Muitos criticaram o horário escolhido para a greve: “Greve de ônibus na hora de ir embora para casa é sacanagem”, comentou um internauta.

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