Política
O governo do estado de São Paulo confirmou, nesta sexta-feira (4), três novos registros de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres localizadas no Parque Ibirapuera, na Zona Sul da capital. Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, os animais infectados pertencem à espécie Irerê (Dendrocygna viduata), marreco típico de regiões tropicais da África e da América do Sul.
Apesar da confirmação, não há indícios de contaminação em humanos até o momento, e o governo assegura que não há riscos à população ou impacto sobre a produção avícola. De acordo com a gestão estadual, como as aves não são residentes do parque, não há necessidade de fechamento do espaço público.
A Influenza Aviária é causada pelo vírus tipo A, classificado em subtipos com base nas proteínas H (hemaglutinina) e N (neuraminidase). A doença pode ser dividida entre formas de alta e baixa patogenicidade, sendo as aves aquáticas – como patos e marrecos – as mais suscetíveis ao vírus e potenciais disseminadoras, mesmo sem apresentar sintomas.
A Secretaria da Agricultura informou ainda que irá reforçar ações de orientação junto à população, em parceria com a administração do parque e a Prefeitura de São Paulo. A medida visa conscientizar os frequentadores sobre a importância de evitar contato com aves doentes e adotar cuidados para evitar a transmissão.
O primeiro caso do ano no estado havia sido registrado em junho, em uma marreca-caneleira encontrada em Diadema. O animal apresentava sintomas respiratórios e neurológicos e teve a infecção confirmada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária.
Como a infecção ocorreu em ave silvestre, o status sanitário de São Paulo e do Brasil segue inalterado, sem restrições à exportação de carne de frango e ovos.
As autoridades reforçam que o consumo de carne e ovos continua seguro. Em caso de suspeitas, a recomendação é evitar contato com animais debilitados e informar imediatamente a Defesa Agropecuária. A Secretaria da Saúde também acompanha a situação com um plano de contingência e monitoramento das possíveis exposições humanas.
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