Política
Durante a Audiência Geral desta quarta-feira (20), o Papa Leão XIV fez um apelo especial aos fiéis. O Pontífice recordou a proximidade da memória litúrgica da Virgem Maria Rainha, celebrada em 22 de agosto, e pediu que os católicos dediquem o dia a jejum e oração pela paz.
“Maria é Mãe dos que creem e é invocada como Rainha da Paz, enquanto tantas nações continuam sendo marcadas por guerras”, declarou. O Papa destacou, em particular, os conflitos na Terra Santa e na Ucrânia, além de outras regiões afetadas por violência armada.
Em sua catequese, Leão XIV reforçou que o perdão é o fundamento essencial da convivência humana. Segundo ele, “sem perdão nunca haverá paz”. A mensagem foi especialmente direcionada aos fiéis de língua portuguesa, segundo o Templário de Maria.
Na noite anterior, em Castel Gandolfo, o Papa já havia demonstrado esperança em uma solução para a crise da Ucrânia, ressaltando a necessidade de “trabalhar muito e rezar ainda mais” para que esse objetivo seja alcançado.
A prática do jejum é antiga na Igreja e carrega tanto benefícios espirituais quanto físicos. Para os católicos, trata-se de um gesto de penitência, reparação e aproximação de Deus. Estudos modernos, inclusive, já indicam que o jejum pode trazer vantagens à saúde, auxiliando na prevenção de doenças e no combate a vícios.
O Papa convidou os fiéis a redescobrirem essa tradição, especialmente em momentos de grandes necessidades da humanidade, como os pedidos de paz.
A Igreja ensina que o jejum eclesiástico consiste em realizar apenas uma refeição completa ao longo do dia, permitindo-se uma ou duas pequenas porções de alimentos adicionais, mas evitando petiscos frequentes.
Esse jejum é obrigatório em duas datas principais: Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira da Paixão, para pessoas entre 18 e 60 anos. Fora desse período, é opcional, mas fortemente recomendado. Doentes, gestantes e trabalhadores braçais estão dispensados.
Muitos fiéis também optam por formas mais rigorosas, como o jejum a pão e água. Já às sextas-feiras, permanece a prática obrigatória da abstinência de carne, a partir dos 14 anos de idade.
O Papa deseja que a memória de Maria, Rainha da Paz, seja um momento de unidade entre os católicos e um clamor conjunto para que cessem as guerras.
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