Política
Após ser alvo de novas medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se tornou o centro de mais um capítulo político envolvendo lideranças da direita brasileira. Em resposta às decisões da Corte, o pastor Silas Malafaia anunciou uma mobilização nacional batizada de "Reaja Brasil".
O movimento está marcado para o dia 3 de agosto, um domingo, com manifestações previstas em todas as capitais do país. Malafaia será o principal articulador do ato e deverá comparecer à manifestação em São Paulo. Bolsonaro, por sua vez, não poderá participar fisicamente devido à imposição de recolhimento domiciliar aos fins de semana, conforme determinação do STF.
Na sexta-feira, 18 de julho, a Polícia Federal realizou uma operação contra o ex-presidente, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes. A ofensiva incluiu ordens de busca e apreensão, além da aplicação de restrições como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acessar redes sociais, recolhimento domiciliar noturno (entre 19h e 6h), e impedimento de se comunicar com outros investigados, entre eles, seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
De acordo com Moraes, as investigações apontam que Jair e Eduardo Bolsonaro tentaram influenciar governos internacionais, especialmente os Estados Unidos, para adotar sanções contra autoridades brasileiras. O objetivo seria pressionar o STF e colocar a Corte sob julgamento de um país estrangeiro, o que o ministro classificou como parte de uma articulação criminosa e “atos hostis”.
Silas Malafaia tem desempenhado um papel de liderança na organização de protestos contra o Supremo, principalmente em defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro e em contestação às decisões contra Bolsonaro.
Segundo o portal Metrópoles, no último domingo, 20 de julho, Eduardo Bolsonaro mencionou publicamente que "talvez seja o momento de voltarmos às ruas", sinalizando apoio à mobilização proposta por Malafaia.
Além disso, na mesma sexta-feira, o senador norte-americano Marco Rubio usou as redes sociais para informar que suspendeu o visto de Moraes, de seus colegas de tribunal e de familiares próximos, ampliando o impacto internacional do caso.
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