Política
A tarifa de ônibus municipais em São Paulo vai subir a partir de 6 de janeiro de 2026. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou um reajuste de 6%, elevando o valor da passagem de R$ 5 para R$ 5,30.
Segundo a reportagem do Metrópoles, a definição ocorreu após reunião no gabinete do prefeito com secretários das áreas de Governo, Planejamento, Fazenda e Mobilidade Urbana.
O aumento supera a inflação oficial prevista para 2025. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o IPCA deve fechar o ano em 4,41%, mesmo considerando a alta estimada de 0,25% em dezembro. A prefeitura, por outro lado, argumenta que o reajuste ficou abaixo do IPC-Fipe Transporte acumulado em 12 meses, de 6,5%.
Enquanto o novo valor dos ônibus já tem data para entrar em vigor, a tarifa do metrô e dos trens metropolitanos segue indefinida. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, em coletiva em 18 de dezembro, que a discussão ainda está em andamento.
O governador avalia que qualquer reajuste exigiria cerca de R$ 5 bilhões em subsídios para manter o equilíbrio financeiro do sistema.
Tarcísio também sinalizou que a decisão será debatida em conjunto com a Prefeitura de São Paulo. A articulação é comum, já que alterações nas tarifas impactam diretamente o valor da integração entre ônibus, metrô e trens.
O aumento das passagens não ficará restrito à capital. Cinco municípios da região metropolitana anunciaram reajuste de 5,2% na tarifa de ônibus a partir de 5 de janeiro de 2026. Em Osasco, Barueri, Carapicuíba, Jandira e Itapevi, o valor passará de R$ 5,80 para R$ 6,10.
As cidades integram o Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo (Cioeste), que afirma ter baseado a decisão em critérios técnicos e legais.
O consórcio sustenta que a recomposição dos custos operacionais é necessária para preservar a qualidade, a segurança e a regularidade do serviço. Prefeitos dos cinco municípios participaram da definição do novo valor.
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