Política
Desde o início de julho, motoristas que trafegam pelas estradas estaduais de São Paulo enfrentam tarifas mais altas nos pedágios. A atualização dos valores foi autorizada pela Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado), com um aumento médio de 5,32%, acompanhando o IPCA acumulado no último ano.
No entanto, em algumas vias específicas, o reajuste ultrapassou essa média. Trechos das rodovias SP-075, SP-127 e SP-280, por exemplo, tiveram acréscimos próximos de 7%, conforme divulgado pela agência. A Artesp justificou as mudanças como parte de medidas para reequilibrar financeiramente os contratos das concessionárias.
Entre os principais sistemas rodoviários impactados estão o Anchieta-Imigrantes, operado pela Ecovias, onde o valor da tarifa passou de R$ 36,80 para R$ 38,70. Já na rede Autoban — que inclui a Via Anhanguera (SP-330) e a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) — os aumentos variam de R$ 0,50 a R$ 0,80. A relação completa de novos preços está disponível no site do Diário Oficial do Estado.
Segundo o Uol, as mudanças envolvem 31 rodovias, entre elas: SP-270 (Raposo Tavares), SP-150 (Via Anchieta), SP-160 (Imigrantes), SP-070 (Ayrton Senna/Carvalho Pinto), SP-065 (Dom Pedro I), SP-099 (Rodovia dos Tamoios) e o Rodoanel Mário Covas (SP-021).
Além dos reajustes, o governo paulista pretende ampliar o sistema de pedágio eletrônico (free flow), com 55 novos pontos previstos até 2030. Esses pórticos não utilizam cancelas e cobram conforme a distância percorrida, prometendo ser mais eficientes. Só no litoral, estão programadas 15 novas estruturas, além de sete entre Raposo Tavares e Castelo Branco e outras 23 na Rota Sorocabana.
O anúncio também provocou reações no setor de transporte. Segundo o Setcesp (Sindicato das Empresas de Carga de São Paulo), os custos serão repassados ao consumidor final. Uma pesquisa do Instituto Paulista do Transporte de Cargas revelou que 80% das transportadoras devem reajustar os valores dos fretes devido à nova forma de cobrança.
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