Política

Protesto causa bloqueio inesperado em importante avenida de SP; veja detalhes

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Motoristas afirmam que não recebem pagamentos há mais de 30 dias, afetando a rotina de 80 mil passageiros diariamente.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Tv Globo
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 16/10/2025, às 08h03



Na manhã desta quinta-feira (16), um grupo de motoristas de micro-ônibus realizou uma manifestação que bloqueou duas faixas de um trecho da Avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi, Zona Sul de São Paulo. O ato ocorreu próximo à Passarela Marcelo Fromer, em frente ao prédio do Consórcio Metropolitano de Transporte (CMT), na altura do número 1.726.

Os veículos foram estacionados na faixa da direita, no sentido Marginal, reunindo aproximadamente cem micro-ônibus. A mobilização chamou atenção de quem passava pela região, embora o impacto no trânsito ainda fosse considerado pequeno durante a manhã, segundo o G1.

Agentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e equipes da Polícia Militar acompanharam a movimentação. As três faixas da esquerda permaneceram livres, garantindo que o fluxo seguisse sem grandes retenções no restante da via.

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Motoristas reclamam de atraso nos pagamentos

De acordo com os participantes do protesto, o CMT não realiza os pagamentos há mais de 30 dias. O consórcio reúne 24 empresas responsáveis pela operação do transporte em 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. A falta de repasses vem dificultando a rotina dos profissionais, que dependem dos valores para manter suas atividades.

Todos os dias, cerca de 80 mil passageiros utilizam os micro-ônibus dessas linhas, o que torna a paralisação um ponto de atenção para a mobilidade na Grande São Paulo. Os motoristas afirmam que o impasse começou após a decisão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de extinguir a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Com a mudança, os contratos foram transferidos para a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).

Incertezas sobre novos contratos

Os manifestantes relatam que o CMT está exigindo a assinatura de novos modelos contratuais como condição para receber os pagamentos atrasados. Muitos temem que essas mudanças possam resultar na perda de seus postos de trabalho, já que os novos termos não foram plenamente esclarecidos.

Os veículos utilizados pertencem à Reserva Técnica Operacional e são regulamentados pela Artesp. Essas linhas atendem municípios como Santa Isabel, Arujá, Guarulhos, São Paulo (com integração na Estação Armênia), Cotia, Carapicuíba, Barueri, Itapevi, Osasco, Jandira e Santana de Parnaíba, entre outros.

Classificação Indicativa: Livre

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