Política

Tsunami atinge Japão e EUA após terremoto na Rússia — entenda os riscos

Foto: Divulgação/Geophysical Survey of the Russian Academy of Sciences
Tsunami após terremoto de magnitude 8,8 atingiu Rússia, Japão e Havaí (EUA); abalo foi registrado na noite de terça-feira (29)  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Geophysical Survey of the Russian Academy of Sciences
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 30/07/2025, às 15h38



Um forte terremoto de magnitude 8,8 provocou um tsunami que atingiu três regiões distintas, sendo elas a Rússia, o Japão e o Havaí, nos Estados Unidos.

Terremoto e tsunami

O abalo foi registrado na noite da última terça-feira (29), com epicentro localizado no mar, a cerca de 125 km a sudeste de Petropavlovsk-Kamchatsky, na Rússia. O tremor foi sentido a centenas de quilômetros de distância.

Danos por local

Na Rússia, as ondas chegaram a até 5 metros de altura e atingiram com força a Península de Kamchatka e as Ilhas Curilas.

Portos ficaram inundados, embarcações foram destruídas e demais estruturas urbanas sofreram danos na região de Yelizovo. Em Severo-Kurilsk, mais de 2 mil pessoas precisaram ser evacuadas, além de feridos leves.

No Japão, as autoridades registraram ondas de até 1,3 metro e decretaram a evacuação de cerca de 1,9 milhão de pessoas em 21 prefeituras costeiras por precaução.

Já no Havaí, uma onda de 1,74 metro foi registrada. As autoridades investigam outros possíveis impactos nas áreas costeiras.

Tsunami no Japão
Tsunami no Japão (Foto: Reprodução/NHK)

Por que tsunamis acontecem?

Segundo o sismólogo Diogo Coelho, do Observatório Nacional ao Terra, tsunamis geralmente são provocados por movimentos verticais no fundo do oceano após terremotos de grande magnitude.

Esse deslocamento gera ondas que se espalham em alta velocidade e aumentam de tamanho ao se aproximarem da costa.

Por mais que os terremotos sejam a causa mais comum, erupções vulcânicas e deslizamentos submarinos também podem desencadear o fenômeno. A maioria dos casos ocorre em zonas de subducção, onde placas tectônicas acabam colidindo.

Regiões mais vulneráveis do planeta

O Oceano Pacífico é a área com maior risco sísmico do mundo, principalmente no chamado Anel de Fogo, que engloba Japão, Indonésia, Filipinas e arquipélagos do Pacífico, como Vanuatu.

Outra área crítica é a costa oeste da América do Sul, do Chile ao Peru, onde a interação entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana torna frequentes os terremotos e tsunamis.

Em 2011, o Japão viveu uma tragédia histórica, quando um sismo de magnitude 9 gerou ondas de 38 metros, causando 16 mil mortes e prejuízos bilionários.

O Brasil corre algum risco?

Segundo Diogo, o Atlântico Sul é pouco propenso a tsunamis, já que não possui grandes zonas de subducção. O único registro histórico foi em 1755, quando o terremoto de Lisboa gerou ondas que chegaram suavizadas ao litoral brasileiro.

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