Política
Um novo subtipo do vírus influenza, conhecido como gripe K, passou a chamar a atenção de autoridades sanitárias após ser identificado recentemente no Brasil. O caso foi confirmado no fim de novembro por análises do Instituto Oswaldo Cruz e do Laboratório Central do Estado do Pará (Lacen-PA), a partir de uma amostra coletada de uma mulher adulta, estrangeira, vinda das ilhas Fiji.
A infecção foi classificada como importada, sem indícios de transmissão local até o momento, como citado pelo O Globo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar de os dados específicos sobre a eficácia da vacina contra a gripe K ainda serem limitados, as evidências iniciais indicam que o imunizante continua sendo eficaz, sobretudo na prevenção de desfechos graves da doença.

Em alerta recente, a OMS destacou que, mesmo diante de pequenas diferenças genéticas entre os vírus em circulação e as cepas incluídas nas vacinas, a imunização sazonal ainda reduz significativamente o risco de hospitalizações e complicações, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
Estimativas apontam que a vacina atual apresenta eficácia de 70% a 75% na prevenção de internações em crianças de 2 a 17 anos e de 30% a 40% entre adultos.
A gripe K é um subclado do vírus influenza A(H3N2), identificado oficialmente como J.2.4.1. Essas variações genéticas são comuns no influenza e fazem parte do processo evolutivo do vírus, o que explica a necessidade de atualização anual das vacinas.
De acordo com a Fiocruz, a composição vacinal recomendada pela OMS para o próximo ano já inclui cepas mais próximas desse subclado.
Dados da OMS e da Organização Pan-Americana da Saúde mostram crescimento rápido da gripe K na Europa, Ásia, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia. Na Europa, a nova cepa tem antecipado a temporada de gripe e já responde por até 90% dos casos confirmados em alguns países. Até agora, não há evidências de que a gripe K cause quadros mais graves do que a gripe comum.
Os sintomas associados à gripe K são semelhantes aos da gripe sazonal: febre, dor de garganta, mal-estar, coriza, dor no corpo, tosse e fadiga. Autoridades de saúde reforçam que a vacinação continua sendo a principal forma de proteção.
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