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Publicado em 18/12/2025, às 15h20 Foto: Divulgação/NASA. Bianca Novais
O cometa interestelar 3I/ATLAS se aproxima da Terra e alcança seu pico de visibilidade nesta sexta-feira (19). Apesar da expectativa em torno do fenômeno, o astro não poderá ser visto a olho nu nem com binóculos comuns. Mesmo no momento mais favorável, ele estará a cerca de 270 milhões de quilômetros do planeta, segundo informações do g1.
Ainda que esteja ficando mais ativado e brilhante à medida que se aproxima do Sol, o 3I/ATLAS permanece distante demais para observação direta. Astrônomos explicam que, mesmo em seu ápice, o cometa exige equipamentos específicos para ser identificado no céu, o que limita a experiência ao público em geral.
De acordo com especialistas ouvidos pelo g1, a recomendação é o uso de telescópios amadores de médio porte, com abertura superior a 150 ou 200 milímetros. Equipamentos desse tipo costumam custar acima de R$ 2.500.
A observação deve ser feita nas madrugadas próximas à sexta-feira, antes do nascer do Sol, olhando em direção ao leste e, preferencialmente, em locais com baixa poluição luminosa.
O cometa voltou a ser visível no início de dezembro, após um período encoberto pelo brilho do Sol, e desde então tem sido acompanhado por astrônomos.
O 3I/ATLAS é apenas o terceiro cometa interestelar já identificado pela ciência, depois de Oumuamua, em 2017, e Borisov, em 2019. Esses objetos são considerados “forasteiros cósmicos”, formados em torno de outras estrelas e lançados ao espaço há bilhões de anos.
Descoberto em julho de 2025 por um telescópio do projeto ATLAS, no Chile, o cometa cruzou o caminho de Marte e chegou a ser registrado com detalhes por duas sondas que orbitam o planeta vermelho no início de outubro.
Segundo o astrônomo Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, o 3I/ATLAS surpreende pela composição química, com excesso de níquel em comparação aos cometas do Sistema Solar, e pela idade estimada: até 3 bilhões de anos mais antiga que o Sol, como destacou o g1.
Por ser interestelar, o cometa oferece uma oportunidade rara de estudar material formado em outro sistema estelar, abrindo novas pistas sobre a formação de planetas e a composição de discos protoplanetários além do nosso Sistema Solar.
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