Além de Mariah Carey: veja os artistas que dominam as playlists de Natal

O fim de ano marca não apenas a retomada da nostalgia, mas também a ascensão de movimentos culturais que influenciam o consumo musical. Mais do que tradição, as canções natalinas se transformaram em termômetro de tendências.

Tendências surgem quando novos hábitos ganham força coletiva, e o Natal, por seu apelo emocional, acelera essa dinâmica. A música se torna, assim, um reflexo do espírito do tempo e uma ferramenta estratégica para entender o que move o público.

O reinado de Mariah Carey 

A era do streaming redefiniu o papel das músicas de Natal. Plataformas como Spotify e Apple Music se tornaram em sensores de comportamento, revelando como clássicos continuam vivos ano após ano. O maior exemplo é Mariah Carey: All I Want for Christmas Is You volta aos charts com mais força a cada dezembro e, curiosamente, cada vez mais cedo.

Segundo o Bananas Music, dados da Chartmetric mostram que a cantora saltou de 25 milhões de ouvintes mensais em outubro de 2024 para mais de 62 milhões em dezembro, um padrão que tem se repetido desde 2021. O chamado “descongelamento” de Mariah, que virou meme nas redes, transformou-se em uma estratégia cultural. A artista passou a integrar essa conversa com campanhas, conteúdos e até especiais, ampliando ainda mais seu alcance no fim de ano.

Diferente de músicas religiosas ou regionais, o repertório natalino ganhou status global, ocupando filmes, trilhas, publicidades e principalmente a memória afetiva coletiva.

Desafios para criar novos hits e o papel das redes sociais

Criar um novo clássico natalino é um dos maiores desafios da indústria musical contemporânea. Em meio às mudanças do mercado, apenas artistas com forte presença digital têm conseguido romper a bolha. 

Taylor Swift com Christmas Tree Farm, Justin Bieber com o já clássico Mistletoe e Ed Sheeran em parceria com Elton John com Merry Christmas, são exemplos recentes que buscaram espaço entre os gigantes do passado.

Ao mesmo tempo, artistas jovens, como Sabrina Carpenter que lançou no final de 2024 o A Nonsense Christmas with Sabrina Carpenter, mostram que a combinação de audiovisual, TikTok e narrativas festivas pode resultar em novos picos de engajamento. 

No Brasil, canções como Então é Natal, de Simone, continuam firmes entre as favoritas, enquanto as tendências de funk e piseiro mostram que o público também abraça versões mais divertidas.

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