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Publicado em 15/08/2025, às 10h07 A toxina botulínica afeta o controle motor, podendo causar morte por insuficiência respiratória. - Foto: Canva Camila Lutfi
O botulismo é uma doença neuroparalítica rara, mas que pode ter efeitos graves, com alto risco de morte. O Ministério da Saúde classifica o tratamento incorreto dessa condição como emergência de saúde pública.
Causado pela toxina da bactéria Clostridium botulinum (C botulinum), uma pessoa pode ser infectada pela ingestão de alimentos contaminados ou ferimentos.
Segundo o Ministério da Saúde, caso essa toxina seja ingerida, mesmo em pouquíssima quantidade, pode causar envenenamento grave em questão de horas.
A toxina botulínica afeta o controle motor e, por essa razão, pode levar a diversas complicações. Além da insuficiência respiratória, outras complicações podem incluir:
Os alimentos mais comumente envolvidos nas contaminações de botulismo são:
A partir do consumo de um alimento infectado, o início dos sinais e sintomas da doença pode surgir de 2 horas a 10 dias, com média de 12 a 36 horas.
Quanto maior a concentração de toxina no alimento ingerido, menor o período até os sintomas se manifestarem.
A toxina botulínica não é visível a olho nu e não se manifesta por meio do gosto ou cheiro específico. No entanto, é possível identificar alguns sinais de alimentos podem estar contaminados.
Ao Metrópoles, Renata Zorzet Manganaro de Oliveira, do Hospital Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto (SP), indicou que para alimentos industrializados ou conservados artesanalmente, é importante observar detalhes como embalagem estufada, líquido turvo, alteração de cor, odor ou textura.
Além disso, Lucas Albanaz, coordenador médico do Hospital Santa Lúcia Gama (DF), também ao Metrópoles, comentou que vazamento de líquido ou espuma ao abrir, cheiro rançoso ou azedo, presença de bolhas no líquido interno e sedimento escuro no fundo de conservas são outros sinais de alerta.
Já nos alimentos frescos, o risco de contaminação diminui, mas certos cuidados podem fazer toda a diferença.
Para a médica, odor estranho, textura excessivamente mole ou presença de líquido anormal na embalagem desses ingredientes podem ser sinais de contaminação.
Na internet, é comum ver vídeos de dicas de prevenção com um teste curioso. O processo consiste em pingar uma gota de água no alimento suspeito para descobrir se ele está ou não contaminado.
Os especialistas afirmaram que esse teste não funciona, nem possui validade científica. A única maneira de identificar a contaminação é por meio de laboratório especializado.
A melhor prevenção do botulismo está nos cuidados com o preparo, consumo, distribuição e comercialização de alimentos, além, é claro, da higiene dos alimentos e das mãos.
Confira algumas dicas do Ministério da Saúde para prevenir a contaminação da doença:
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