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Câncer: vacina de RNA dá novo passo para imunização ampla e eficaz

Tecnologia de mRNA utilizada é similar à das vacinas contra covid-19, prometendo uma abordagem mais eficaz no combate ao câncer.  |  Foto: Reprodução/Freepik

Publicado em 21/07/2025, às 09h53   Foto: Reprodução/Freepik   Fernanda Montanha

Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina de mRNA capaz de impulsionar o sistema imunológico e eliminar tumores em testes com camundongos. A inovação foi descrita na revista Nature Biomedical Engineering na última quinta-feira (18) e pode representar um avanço rumo à criação de uma vacina universal contra o câncer.

Diferente de outras vacinas oncológicas, que geralmente são projetadas para tipos específicos de tumor, essa formulação tem como foco provocar uma resposta imune generalizada — como se o corpo estivesse enfrentando uma infecção viral. Essa ativação desencadeou uma forte reação do sistema de defesa, que passou a identificar e combater as células cancerígenas.

Nos experimentos, a vacina foi associada a medicamentos imunoterápicos já existentes, como os inibidores de checkpoint imunológico (ex: anti-PD-1), que ajudam as células T — parte essencial da defesa do organismo — a reconhecer e atacar o câncer. A combinação foi aplicada em camundongos com melanoma, resultando na completa regressão de alguns tumores. Também foram observados efeitos positivos contra câncer ósseo e tumores cerebrais resistentes.

A estratégia foi aumentar a visibilidade dos tumores ao sistema imune, induzindo-os a expressar a proteína PD-L1, um marcador que age como uma espécie de “sinalizador” para as células de defesa. Segundo os cientistas, essa abordagem aumentou significativamente a eficácia da terapia.

A tecnologia empregada segue o mesmo princípio das vacinas de mRNA contra a covid-19, como as da Pfizer e Moderna, utilizando nanopartículas de gordura para entregar instruções genéticas às células.

No ano anterior, a equipe já havia desenvolvido uma vacina personalizada contra glioblastoma. Agora, o objetivo é oferecer uma alternativa mais abrangente, que não exija personalização para cada paciente.

“Esse estudo apresenta um novo caminho: usar uma resposta imune intensa e inespecífica como arma contra o câncer”, explicou Duane Mitchell, coautor da pesquisa, ao G1. Os cientistas agora se preparam para testes clínicos com humanos e, se os resultados forem confirmados, a vacina poderá transformar o combate a tumores agressivos e resistentes.

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