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Publicado em 02/12/2025, às 12h38 Foto: Michael Jaeger via Spaceweather.com Ana Caroline Alves
O cometa 3I/ATLAS, descoberto em julho por astrônomos da Nasa, voltou ao centro das discussões científicas após a divulgação de uma imagem recente que revelou uma transformação brusca e inesperada em sua estrutura.
Classificado como o terceiro objeto interestelar já identificado passando pelo Sistema Solar, o ATLAS continua surpreendendo especialistas devido a seu comportamento fora dos padrões conhecidos.
Mesmo com as incertezas, a Nasa reforça que não existe qualquer risco de colisão com a Terra. No ponto de maior aproximação, o cometa passará a aproximadamente 270 milhões de quilômetros do planeta.
A primeira anomalia observada ocorreu logo após a descoberta do cometa. Diferentemente do que se espera de corpos desse tipo, que apresentam caudas voltadas para longe do Sol devido à ação do vento solar, o 3I/ATLAS exibiu uma anticauda, uma espécie de jato de material apontado na direção oposta, diretamente para a estrela, segundo informações do O Globo.
Informações da DW indicam que essa estrutura era composta por uma mistura bastante inusitada: dióxido de carbono, água, traços de cianeto e até uma liga de níquel semelhante às produzidas em processos industriais humanos, algo jamais documentado em fenômenos naturais conhecidos. Astrônomos que observaram o cometa a partir do Telescópio Óptico Nórdico, nas Ilhas Canárias, descrevem o comportamento como “difícil de reconciliar com os modelos atuais”.
O comportamento do cometa chamou ainda mais atenção em 5 de novembro de 2025, quando a Nasa divulgou novas imagens mostrando que a anticauda havia simplesmente desaparecido. Em seu lugar, surgiu uma cauda convencional, extensa e brilhante, atualmente estimada em mais de 56 mil quilômetros.
A mudança veio acompanhada de uma perda de massa de cerca de 13% após o periélio e de uma aceleração considerada atípica para o processo de desgaseificação. Observações do Hubble e do James Webb acrescentaram ainda mais perguntas a esse quebra-cabeça científico:
Esses fenômenos têm levado especialistas a revisar hipóteses sobre a origem e o comportamento de cometas interestelares.
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