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Publicado em 27/09/2025, às 09h00 Reprodução/ Freepik Gabriela Teodoro Cruz
Com mais de 26 mil pessoas na fila de espera por um transplante em São Paulo, o Setembro Verde se torna um mês crucial para conscientizar sobre a doação de órgãos. A doação é um ato de solidariedade que pode transformar e salvar vidas, e sua decisão, quando comunicada à família, é o primeiro e mais importante passo para que esse gesto se concretize.
A doação de órgãos é um tema cercado de dúvidas e desinformação. O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, tem investido em ações para capacitar profissionais e desmistificar o processo. Confira a seguir os principais pontos para entender como a doação funciona.
A doação de órgãos só é considerada após o diagnóstico de morte cerebral. Esse é um momento delicado, no qual a família é informada sobre o falecimento do paciente. Em São Paulo, as Organizações de Procura de Órgãos (OPO) avaliam o potencial doador. Exames são realizados para verificar a ausência de contraindicações, como HIV ou câncer sem cura, garantindo a segurança do receptor.
No Brasil, a autorização da família é fundamental. A lei do consentimento informado exige que parentes de primeiro ou segundo grau formalizem a doação. Por isso, conversar sobre o seu desejo em vida com a família é a atitude mais importante para facilitar a decisão.
Muitas pessoas deixam de ser doadoras por falta de informação. Vamos esclarecer alguns dos mitos e verdades mais comuns:
O corpo do doador fica desfigurado?Mito. O corpo é devolvido à família em bom estado, com cicatrizes semelhantes às de uma cirurgia.
A religião proíbe a doação?Mito. Nenhuma religião importante proíbe a doação. A maioria a incentiva, pois a considera um ato de amor e caridade.
Idosos e pessoas com problemas de saúde não podem doar?Mito. Qualquer pessoa pode ser um potencial doador. A viabilidade da doação é determinada por exames clínicos e laboratoriais no momento da morte.
Uma única pessoa pode salvar até oito vidas? Verdade. De um único doador é possível aproveitar diversos órgãos e tecidos, como coração, rins, fígado, pulmões, córneas e ossos.
A doação de órgãos também é possível em vida, para familiares até o quarto grau, e pode incluir rins, parte do fígado, medula óssea e até parte de um pulmão, desde que o doador seja saudável.
Além disso, para desburocratizar o processo e apoiar as famílias, a Lei nº 11.479 de 1994, na cidade de São Paulo, garante a gratuidade do serviço funerário para doadores de órgãos. Este é mais um incentivo para que o gesto solidário se torne mais acessível a todos.