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Publicado em 26/09/2025, às 06h00 Foto: Reprodução/Tomaz Silva/Agência Brasil Fernanda Montanha
Todos os anos, fiéis se deparam com a mesma questão: afinal, o dia de São Cosme e Damião é celebrado em 26 ou 27 de setembro? No Brasil, a tradição popular consagrou o dia 27, mas o calendário oficial da Igreja Católica fixa a comemoração em 26 de setembro.
Essa diferença entre prática popular e regra litúrgica gera debates até hoje, já que ambas datas continuam sendo lembradas.
Segundo relatos, os irmãos gêmeos teriam sido martirizados em um 27 de setembro. A memória popular, portanto, manteve essa referência como dia de devoção. Até 1969, a Igreja também seguia esse costume.
Com a reforma do calendário litúrgico, porém, a data foi antecipada para 26 de setembro. A mudança aconteceu para não coincidir com a celebração de São Vicente de Paulo, que faleceu justamente em 27 de setembro.
Assim, a Igreja adotou 26 de setembro como data oficial, mas a força da tradição popular manteve viva a celebração do dia 27.
O culto aos santos não se limita ao catolicismo romano. Na Igreja Ortodoxa Grega, São Cosme e São Damião são lembrados em 1º de julho. Já para os ortodoxos de outras regiões, a data oficial é 1º de novembro. Além disso, em 17 de outubro também existe uma celebração dedicada a eles.
No país, a festa ganhou características próprias. Em 27 de setembro, é comum a distribuição de doces para crianças, prática fortemente ligada às religiões afro-brasileiras. Nessas tradições, São Cosme e São Damião são associados ao orixá Ibeji.
O costume de oferecer saquinhos de balas e guloseimas tem raízes coloniais, quando santos católicos eram usados como referência para cultuar divindades africanas. Esse sincretismo deu origem a uma das festas religiosas mais populares do Brasil.
Pouco se sabe sobre as datas exatas de nascimento e morte de Cosme e Damião. A tradição afirma que eles eram médicos que atendiam gratuitamente, excercendo a profissão com generosidade e fé, segundo o Uol.
Durante o Império Romano, foram perseguidos por causa de sua religião e acabaram decapitados por ordem do imperador Diocleciano, no início do século IV. Esse martírio os transformou em símbolos de fé e resistência, além de padroeiros de médicos, farmacêuticos, barbeiros, cabeleireiros e crianças.
Seus retos mortais são preservados em uma igreja em Roma, onde ainda hoje atraem devotos do mundo todo.
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