Política
por Marcela Guimarães
Publicado em 25/09/2025, às 19h36
No dia 13 de março de 2025, foi sancionada a Lei 15.108/2025, que traz a mudança que equipara, para fins previdenciários, o enteado, o menor sob tutela e também o menor sob guarda judicial à condição de filho.
Para ter direito, o segurado precisa fazer uma declaração formal e comprovar que o menor não possui meios de se sustentar ou de arcar com a própria educação.
Até então, a legislação já reconhecia enteados e tutelados como dependentes, mas excluía os menores sob guarda judicial.
A nova lei corrige essa lacuna e devolve a eles o direito de serem considerados dependentes previdenciários. As informações foram apuradas pelo portal Click Petróleo e Gás.
Com a atualização, o grupo de beneficiários da pensão por morte e de outros auxílios previdenciários aumentou:
Além disso, a mudança também alcança situações mais comuns do dia a dia, como netos e sobrinhos que vivem legalmente sob a guarda dos avós ou tios.
Especialistas explicam que a diferença abre espaço para que avós, padrastos e outros responsáveis possam deixar pensão para os beneficiários citados.
Para evitar fraudes e garantir que apenas os dependentes recebam os benefícios, a lei impõe duas condições: a declaração formal do segurado, reconhecendo o menor como dependente; e a comprovação de dependência econômica, demonstrando que a criança ou adolescente não tem meios próprios de sustento ou educação.
Com isso, os menores passam a ter acesso a direitos como pensão por morte nas mesmas condições que filhos biológicos, auxílio-reclusão estendido a esses dependentes, e outros benefícios previdenciários vinculados.
Na prática, a lei melhora a rede de proteção social e pode provocar revisões em processos já encerrados.
O benefício, enfim, só será válido quando a guarda estiver devidamente registrada na Justiça.
Ainda há pontos que poderão gerar debates jurídicos, principalmente sobre a compatibilidade da nova norma com mudanças constitucionais anteriores.
Mesmo assim, a lei ainda é vista como um grande avanço, já que ajusta a previdência à realidade de milhares de famílias brasileiras.
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