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Publicado em 09/11/2025, às 12h45 Reprodução/ Unsplash Nathalia Quiereguini
O tornado que atingiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, continua chamando a atenção de meteorologistas e pesquisadores, segundo o G1.
O fenômeno, registrado na sexta-feira (8), devastou a cidade e pode entrar para a história como um dos mais fortes já observados no Brasil.
A força dos ventos destruiu casas, derrubou árvores, arrancou postes e deixou um rastro de destruição que será lembrado por anos.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a formação de tornados no país não é algo raro.
O Brasil tem um histórico expressivo desses fenômenos, especialmente nas regiões Sul e Sudeste, onde as condições atmosféricas são mais favoráveis.
Mesmo assim, episódios com tamanha intensidade, como o registrado no Paraná, são considerados excepcionais.
O Inmet estima que o país registre entre 80 e 100 tornados por ano, embora muitos passem despercebidos por ocorrerem em áreas rurais ou pouco povoadas.
Os especialistas ainda analisam o nível exato de intensidade do tornado de Rio Bonito do Iguaçu. A Escala Fujita Melhorada (EF), que classifica os tornados de 0 a 5, será usada para definir sua categoria.
As primeiras estimativas apontam que os ventos podem ter ultrapassado 250 km/h, o que colocaria o fenômeno entre EF3 e EF4, níveis considerados altamente destrutivos, capazes de demolir construções sólidas e arrancar árvores pela raiz.
Segundo o Inmet, a combinação de calor intenso com a chegada de uma frente fria criou o ambiente ideal para a formação da tempestade severa.
O encontro entre massas de ar, uma quente e úmida vinda do Norte, e outra fria e seca vinda do Sul, gera as chamadas supercélulas, tempestades rotativas que podem dar origem a tornados de grande porte.
Ainda não há confirmação oficial sobre a categoria final do tornado, mas a magnitude dos estragos já o coloca entre os mais potentes da história do país.
O episódio reacende o debate sobre a influência das mudanças climáticas na frequência e intensidade desses fenômenos no Brasil.
Especialistas reforçam a importância de melhorar os sistemas de alerta e prevenção, além de preparar as populações de áreas vulneráveis para agir rapidamente diante de eventos climáticos cada vez mais extremos.
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