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Publicado em 22/09/2025, às 09h00 Foto: Reprodução Fernanda Montanha
Na próxima segunda-feira (22), a Globo apresentará o especial “Falas de Acesso”, logo após a exibição do programa Estrela da Casa. A atração promete trazer reflexões importantes sobre inclusão, acessibilidade e os desafios enfrentados por pessoas com deficiência (PcDs) no Brasil.
Com uma linguagem leve e próxima do público, o projeto mistura relatos emocionantes e humor, sem deixar de lado a seriedade do tema. O objetivo é mostrar que representatividade também passa pela diversão e pela presença na mídia.
O comando do especial ficará por conta da influenciadora e psicóloga Pequena Lô, que convive com uma síndrome rara que afeta os ossos, e da humorista Tatá Mendonça, conhecida como a “primeira mulher cega do stand up comedy”.
Lô reforça a necessidade de quebrar padrões: “A gente também sabe ser apresentadora, a gente também pode ser atriz. Cada um tem o seu talento”. Já Tatá acredita que a atração vai marcar um momento importante: “As pessoas vão perceber, de uma vez por todas, que a gente merece estar em todos os acessos.”
A roteirista Veronica Debom explica que a decisão por um tom cômico foi estratégica. Segundo ela, o humor ajuda a desconstruir estigmas e facilita a aproximação do público com a realidade vivida por milhões de brasileiros.
O programa também dará espaço para discutir o capacitismo — preconceito e subestimação contra PcDs. Tatá Mendonça resume bem essa luta diária ao Terra: "A gente tem que acordar todos os dias para explicar quem somos, como lidar com a gente, como se fôssemos pessoas estranhas. Isso precisa mudar.”"
O diretor artístico Matheus Malafaia destaca que o especial deve provocar conversas dentro de casa. A proposta é repensar como a sociedade pode se tornar mais inclusiva e acolhedora, desmistificando a forma como as deficiências são vistas.
Além de Lô e Tatá, o público poderá acompanhar outros artistas PcDs que vêm conquistando espaço, como Vini Santos no cenário do stand up. A presença deles reforça que, pouco a pouco, o humor se transforma em uma poderosa ferramenta de representatividade.