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La niña fraca pode alterar padrão climático no Brasil nos próximos meses; entenda

Organização Meteorológica Mundial prevê mudança gradual no fenômeno e temperaturas acima da média apesar do resfriamento.  |  Foto: Reprodução/Divulgação

Publicado em 05/12/2025, às 09h27   Foto: Reprodução/Divulgação   Érica Sena

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou uma atualização indicando 55% de probabilidade de uma fase fraca do fenômeno La Niña nos próximos meses.

Mesmo com o resfriamento registrado no Pacífico Equatorial, a entidade alerta que as temperaturas globais devem seguir acima da média, comportamento associado ao aquecimento recorde registrado nos últimos anos, como citado pelo site Olhar Digital.

Características do fenômeno

O La Niña ocorre quando há uma queda de pelo menos 0,5°C na temperatura da superfície do oceano no Pacífico Central e Centro-Leste. Essa alteração desencadeia mudanças nos ventos, na pressão atmosférica e na distribuição das chuvas ao redor do planeta. Segundo o relatório, o fenômeno já dá sinais de enfraquecimento e pode perder força entre janeiro e abril de 2026, quando cresce a chance de retorno à neutralidade de 65% para 75%.

Para o período, a OMM considera “muito baixa” a probabilidade de um novo El Niño, fenômeno oposto ao La Niña e associado à intensificação de ondas de calor, desorganização de frentes frias e aumento de eventos extremos.

Padrão de chuvas no Brasil

No Brasil, a atuação do La Niña costuma provocar um padrão de chuvas mais intensas no Norte e Nordeste, além de períodos mais frios no Sudeste. No Sul, o modelo climático geralmente favorece tempo seco e menor volume de precipitações.

Apesar desse cenário, a projeção da OMM indica que o Hemisfério Sul, incluindo grande parte do território brasileiro, deve registrar temperaturas acima da média entre dezembro e fevereiro.

O contraste entre os fenômenos também afeta a dinâmica de desastres ambientais. Enquanto a La Niña favorece seca no Sul, o El Niño é associado a períodos de chuvas extremas e eventos meteorológicos severos, como os ciclones e enchentes registrados no Rio Grande do Sul em 2024.

Com a instabilidade climática em curso, a OMM orienta monitoramento permanente e reforça a importância de previsões regionais para setores como agricultura, energia e gestão de riscos.

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