Política
O primeiro dia de dezembro promete trazer chuva concentrada, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. O calor se mantém acima da média em grande parte do país, refletindo a aproximação do verão, que começa oficialmente no dia 21, às 12h03 em Brasília.
Normalmente, dezembro registra volumes elevados de chuva, ultrapassando 250 mm em áreas do Sudeste e Centro-Oeste, e chegando a 350 mm no Amazonas. Porém, em 2025, o padrão deve mudar, segundo Celso Luis de Oliveira Filho, meteorologista da Tempo OK para o Globo Rural. O fenômeno La Niña provoca precipitação irregular, concentrando chuvas em algumas regiões e deixando outras mais secas.
“No Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a chuva tende a ser intensa, enquanto Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Amapá, Pará e Maranhão terão menos precipitação”, afirma Celso Filho. Isso cria contrastes marcantes, com excesso de água na Bahia e Minas Gerais e escassez em São Paulo e Maranhão.
O resfriamento das águas do Atlântico próximo à costa brasileira ajuda a reduzir o calor no litoral e em várias capitais do Sul e Sudeste. Já o interior do país pode registrar temperaturas elevadas. Estados como Maranhão, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Paraná sentirão calor persistente, com máximas acima da média, conforme projeção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Dezembro costuma ter máximas de cerca de 30°C no Sul e Sudeste, 33°C no Norte e Centro-Oeste e até 35°C no Nordeste. Mas a influência de La Niña e El Niño, aliada à temperatura dos oceanos, pode alterar esse padrão, provocando um clima desigual entre regiões.
Ondas de calor, definidas por cinco dias consecutivos com temperatura acima de 5°C da média, não devem ocorrer no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, graças à passagem de frentes frias que também aumentam a frequência de chuvas. No Norte e Nordeste, o calor será mais intenso, principalmente em Maranhão e Pará, onde temperaturas elevadas já são comuns.
Sul: Precipitação na média ou ligeiramente acima, especialmente em Santa Catarina, devido às frentes frias e à umidade transportada do Norte. O calor fica amenizado, com manhãs mais frescas e tardes quentes.
Sudeste: Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro terão chuvas acima da média; São Paulo, dentro da média. Frentes frias deixam a região mais amena, especialmente no litoral e na Zona da Mata.
Centro-Oeste: Mato Grosso e Goiás registram chuvas acima da média, enquanto Mato Grosso do Sul fica levemente abaixo. O calor acompanha a distribuição das chuvas.
Norte: Precipitação na média ou acima, com maior intensidade no Acre, Rondônia, sul do Amazonas e centro-sul do Pará. O calor será moderado em áreas nubladas.
As condições climáticas influenciam diretamente a produção agrícola. Pouca chuva prejudica cacau, açaí, soja e milho em certas regiões. Já volumes acima da média favorecem feijão, milho, soja, café e cana-de-açúcar em diferentes estados.
No Paraná, o clima mais seco ajuda na colheita, mostrando como chuvas e temperaturas desiguais impactam cada região de maneira distinta.
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