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Publicado em 02/07/2025, às 10h38 Foto: Reprodução/Instagram Gabriela Teodoro Cruz
O cantor Murilo Huff, 29, deu início a uma batalha judicial pela guarda unilateral do filho Leo, de 5 anos, fruto do relacionamento com a cantora Marília Mendonça, morta em um acidente aéreo em 2021. Desde a tragédia, o cuidado com a criança tem sido compartilhado entre o pai e a avó materna, Dona Ruth, 56, que criou o neto desde o nascimento. Agora, Huff busca concentrar legalmente todas as decisões sobre a vida do menino em suas mãos.
De acordo com a advogada de família Barbara Heliodora, a guarda unilateral é uma medida excepcional no Brasil. Ela é concedida quando um dos responsáveis é considerado ausente, omisso, violento ou incapaz de exercer a parentalidade. Nesse modelo, apenas um dos guardiões toma decisões sobre saúde, educação e demais áreas da vida da criança o outro tem direito à convivência supervisionada.
A mãe de Marília Mendonça se manifestou publicamente sobre o pedido de guarda. Em comunicado, disse que sempre zelou pelo bem-estar de Leo e que foi ela quem percebeu os primeiros sinais da diabetes do neto. Também ressaltou que nunca recebeu pensão formalizada por parte do cantor e que o patrimônio do menino está sendo protegido judicialmente.
Segundo a especialista, o vínculo socioafetivo entre Leo e Dona Ruth pode pesar na decisão do juiz. “Se a criança vê a avó como figura materna, com quem construiu laços profundos e rotina estável, isso conta muito no processo”, explica. O histórico de cuidados desde o nascimento pode ser reconhecido como uma forma legítima de parentalidade, ainda que não biológica.
Embora uma criança de cinco anos não tenha poder legal para decidir com quem morar, sua opinião pode ser ouvida pela Justiça. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê escuta especializada com psicólogos, justamente para entender o contexto da fala da criança e evitar influências externas ou manipulações.
Huff publicou comprovantes de pagamentos relacionados à educação e lazer do filho, mas a advogada esclarece que esse tipo de gasto não substitui uma pensão fixada judicialmente. “Sem uma decisão judicial ou acordo homologado, não há segurança jurídica. A pensão deve ser proporcional à renda dos pais e às necessidades da criança”, afirma.
Na última terça-feira (1º), Murilo compareceu a uma audiência sobre o caso. Segundo fontes próximas, o juiz teria determinado que a casa do cantor seja, provisoriamente, o lar de referência de Leo — ou seja, onde a criança reside oficialmente. A assessoria de Huff informou que o processo corre em segredo de Justiça.
Mesmo que a guarda provisória passe a ser do pai, o regime de convivência com Dona Ruth deverá ser garantido. “O juiz sempre busca preservar os laços afetivos já estabelecidos. A guarda define quem toma as decisões; a convivência define com quem a criança passa o tempo”, conclui a advogada.
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