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Quando você começa "Os Abandonados", da Netflix, já percebe que não é um faroeste tradicional. Aqui, a história não se resume a mocinho e bandido, saloons e duelos.
O que realmente chama atenção, de acordo com o JC Uol, são as relações humanas, os dilemas morais e a força de personagens que lutam por quem amam, mesmo que isso signifique atravessar limites éticos ou enfrentar perigos enormes.
A série acompanha Fiona Nolan e Constance Van Ness, duas mulheres com visões de mundo opostas, mas igualmente determinadas.
Fiona acolhe órfãos e marginalizados, construindo uma família improvável, enquanto Constance protege sua linhagem com pulso firme e decisões que muitos considerariam duras demais.
É nesse contraste que a narrativa se fortalece: nenhuma decisão é preto no branco, e cada atitude revela motivações humanas complexas.
Apesar de muita gente perguntar se a série é baseada em fatos reais, a resposta é: não exatamente.
Kurt Sutter, o criador, se inspirou em contextos históricos e conflitos reais, expulsões de famílias, disputas de poder e injustiças sociais , mas adaptou tudo para criar uma narrativa ficcional envolvente.
Essa mistura de realidade com dramatização permite que a série dialogue com questões humanas universais, como lealdade, sobrevivência e os limites da proteção familiar.
O grande mérito de "Os Abandonados' é justamente não entregar respostas fáceis. Você torce por Fiona, se impressiona com a força de Constance e se pega questionando: “O que eu faria no lugar delas?”
Cada episódio mostra que proteger quem amamos exige coragem, sacrifício e, muitas vezes, decisões que mexem com a moral e a consciência de qualquer um.
No fim, a série não é apenas um faroeste moderno: é uma história sobre humanidade, dor e sobrevivência, que mistura drama, tensão e emoção de um jeito raro no gênero.
E é essa autenticidade que faz valer a pena cada episódio, deixando reflexões que vão muito além das telas.
Classificação Indicativa: Livre