Papai Noel usa vermelho por causa de comercial da Coca-Cola? Entenda a história real

Quando chega o Natal, muita gente repete a história de que a Coca-Cola teria inventado o Papai Noel. Mas isso é um mito.

O personagem já existia muito antes da marca norte-americana entrar na cena publicitária.

O que a Coca-Cola fez foi consolidar a imagem que conhecemos hoje, tornando-a reconhecível em todo o mundo.

O Papai Noel antes da Coca-Cola

Segundo a revista Exame, antes do século XX, o Papai Noel aparecia de várias formas: alto, magro, até com aparência quase mítica ou sombria. Não havia um padrão visual.

Nos Estados Unidos, o cartunista Thomas Nast começou a desenhar uma versão mais próxima da que conhecemos hoje.

Ele mudou o casaco do personagem para vermelho, adicionou detalhes do rosto e ajudou a criar um Papai Noel humanizado, décadas antes da Coca-Cola aparecer.

Haddon Sundblom e a popularização do bom velhinho

O grande marco das campanhas natalinas da Coca-Cola começou em 1931, quando a empresa contratou o ilustrador Haddon Sundblom.

Inspirado pelo poema A Visit from St. Nicholas (1822), Sundblom criou um Papai Noel robusto, amigável e cheio de expressão, muito próximo do que vemos hoje.

Suas ilustrações apareceram em revistas como National Geographic e Ladies’ HomeJournal, e logo se tornaram referência para toda a publicidadenatalina.

Detalhes que marcaram a história

Sundblom incluía elementos do cotidiano em suas imagens: vizinhos, animais e o próprio refrigerante, mostrando o Papai Noel bebendo Coca-Cola em momentos simples e alegres.

Entre 1931 e 1964, o personagem foi mostrado entregando presentes, lendo cartas e até interagindo com crianças, criando uma conexãoemocional com o público.

Em 1942, a Coca-Cola ainda apresentou o Sprite Boy, um elfo que aparecia ao lado do Papai Noel, reforçando o universo natalino criado pela marca.

A Coca-Cola não inventou o Papai Noel, mas teve papel fundamental em popularizar e eternizar sua imagem moderna.

O bonachão de roupa vermelha, bochechas coradas e sorriso amigável tornou-se referência mundial, mostrando o poder da publicidade em transformar tradições culturais em ícones reconhecíveis e duradouros.

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