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Publicado em 09/12/2025, às 16h52 Foto: Divulgação Marcela Guimarães
As filmagens de “Dark Horse” foram realizadas de forma super discreta e o lançamento está previsto já para 2026.
Coproduzido entre Brasil e Estados Unidos, o filme pretende reconstituir a campanha de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2018, quando derrotou Fernando Haddad (PT).
O roteiro é assinado pelo deputado Mário Frias (PL), e o teaser já indica que a narrativa deve tratar o ex-presidente como um herói, destacando sua figura como um sobrevivente do atentado em Juiz de Fora (MG), que ocorreu em 2018.
A direção é de Cyrus Nowrasteh, conhecido por produções cinematográficas de temática religiosa.
O protagonista será Jim Caviezel, cuja carreira é marcada por papéis polêmicos e por ter lados políticos explícitos.
Católico e conservador, ele ganhou fama mundial ao interpretar Jesus em “A Paixão de Cristo” (2004), de Mel Gibson.
Caviezel afirma que, após o sucesso do filme, que arrecadou mais de 600 milhões de dólares com apenas 30 milhões de orçamento, teria sido rejeitado pela indústria.
Na época, a obra recebeu duras críticas por suposto teor antissemita e por divergências em relação aos relatos bíblicos.
Entre 2011 e 2016, Caviezel estrelou “Pessoa de Interesse”, da CBS, mas foi em 2023 que voltou ao foco do debate ao protagonizar “Som da Liberdade”, dirigido por Alejandro Monteverde.
A obra, inspirada no ex-agente Tim Ballard, que investigava crimes sexuais contra crianças, acabou associada ao movimento conspiracionista QAnon, apesar de o filme não mencionar o grupo.
A relação foi ganhando relevância porque Caviezel participava de eventos ligados ao QAnon e destacava ideias da teoria em entrevistas.
O próprio Monteverde tentou se desvincular da polêmica. Em entrevista à Variety, em agosto de 2023, lamentou a associação. “Eu fiquei realmente mal. Pensei: ‘Isso tudo está errado. Não é verdade’. Foi de partir o coração ver toda essa polêmica e toda essa controvérsia. Meu instinto foi fugir”, comentou ele.
“Quando você contrata pessoas, eu não posso controlar o que elas fazem no tempo livre. Eu era o diretor. Eu escrevi o roteiro. Contratei o ator que achei o melhor para o filme”, declarou o diretor.
Já viralizando nas redes, a produção ganhou ainda mais destaque depois de o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões (SATED-SP) ter divulgado, na última segunda-feira (8), um vídeo confirmando que recebeu denúncias de atores e figurantes que participaram das gravações.
Sem revelar detalhes, o sindicato citou “situações preocupantes tanto de figurantes como de atores” e informou que está investigando os relatos envolvendo “Dark Horse”.
*Com apuração da revista Veja
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