Política

Datafolha revela diferença entre Lula e Flávio Bolsonaro nas eleições de 2026; confira

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Lula Marques/Agência Brasil
Levantamento indica que Lula (PT) lidera a corrida presidencial de 2026 com vantagem, vencendo Flávio Bolsonaro (PL) e outros nomes da direita  |   BNews SP - Divulgação Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Lula Marques/Agência Brasil
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 07/12/2025, às 11h38



A nova pesquisa Datafolha, divulgada no último sábado (6), mostra que Lula (PT) segue liderando a corrida presidencial de 2026.

No 1º turno, ele aparece repetindo um padrão de vantagem confortável em todos os cenários testados: 41% contra Flávio Bolsonaro (18%), Ratinho Jr. (12%), Ronaldo Caiado (7%) e Romeu Zema (6%); 41% contra Michelle Bolsonaro (24%); e novamente com 41% quando o adversário é Tarcísio de Freitas (23%).

Cenários de 2º turno

No confronto direto, porém, é onde a distância ganha sinais mais claros. Lula abriria uma boa vantagem sobre Flávio Bolsonaro (PL), que recentemente foi nomeado como sucessor do pai.

Segundo o Datafolha, o candidato de esquerda registraria 51% contra 36% do senador (15 pontos de diferença).

A coleta de dados, no entanto, ocorreu antes de Jair Bolsonaro (PL) anunciar formalmente o filho como seu nome para a disputa.

Flávio Bolsonaro (PL)
Flávio Bolsonaro (PL) (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

Sobre os dados coletados

A pesquisa ouviu 2.002 eleitores entre 2 e 4 de dezembro de 2025, em 113 municípios, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Em relação ao levantamento de julho, Lula aumenta a folga sobre Flávio, mostrando que o sobrenome Bolsonaro está pesando negativamente neste momento.

Outros quadros da direita também foram testados. Tarcísio de Freitas perderia por 47% a 42%; Ratinho Jr., por 47% a 41%. Já Eduardo Bolsonaro fica em 35% contra 52% do presidente, e Michelle Bolsonaro seria superada por 50% a 39%.

O Datafolha ainda simulou um cenário hipotético entre Lula e Jair Bolsonaro. Após a condenação e prisão, a vantagem do presidente aumentou: de 47% a 43% para 49% a 40%. Mesmo assim, a possibilidade de Bolsonaro competir é tratada como inexistente.

Rejeição dos candidatos

Os índices de rejeição ajudam a explicar a dificuldade da direita em consolidar um nome competitivo. Lula e Jair Bolsonaro empatam tecnicamente no topo, com 44% e 45% dos eleitores que dizem não votar neles de forma alguma.

Já entre os filhos do ex-presidente, os números também são altos. Flávio tem 38%, Eduardo 37% e Michelle 35%.

Os governadores aparecem em um patamar mais baixo: Zema e Ratinho Jr. com 21%, Tarcísio com 20% e Caiado com 18%.

Perspectivas atuais

O levantamento surge em um ambiente no qual partidos do centrão, como MDB e PSD, resistem ao lançamento de Flávio Bolsonaro e discutem alternativas próprias.

Para Lula, a situação é confortável, mas não garante que ele permaneça livre de riscos. Sua aprovação está estabilizada em 32%, enquanto a reprovação atinge 38%.

No Planalto, a leitura é de que o favoritismo depende diretamente da capacidade de reduzir rejeição e garantir alianças até a época eleitoral de 2026.

*Com apuração do Correio Braziliense

Classificação Indicativa: Livre

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