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Publicado em 15/10/2025, às 18h38 Foto: Divulgação/Victoria’s Secret Fashion Show Marcela Guimarães
Depois de sete anos longe das passarelas, o Victoria’s Secret Fashion Show volta com tudo nesta quarta-feira (15), prometendo retomar o glamour e a grandiosidade que marcaram o evento por anos.
A edição de 2025 contará com shows, grandes nomes do mundo da moda e transmissão ao vivo em várias plataformas.
Apesar do sucesso de sempre, o público pode questionar o motivo de os desfiles terem parado por um tempo. Confira a seguir.
Em 2022, a série documental “Victoria’s Secret: Angels and Demons” escancarou o outro lado do glamour. A produção revelou como a marca construiu, durante décadas, uma imagem baseada na idealização do corpo feminino.
As figuras sempre foram jovens vestidas com lingeries luxuosas e asas reluzentes em uma cultura pouco aberta à diversidade. Muitas das Angels tinham entre 19 e 20 anos, como Gigi Hadid, Kendall Jenner e a própria Gisele Bündchen.
A estrutura da empresa era liderada majoritariamente por homens. Um deles, Ed Razek, ex-diretor de marketing e responsável pela escolha das modelos, declarou em entrevista à Vogue dos EUA, em 2018, que não via espaço para mulheres trans ou plus size nas campanhas da marca.
“Nós fazemos campanhas para quem vendemos, e nós não vendemos para o mundo inteiro”, afirmou ele.
No topo da gestão da marca estava Leslie H. Wexner, fundador e ex-CEO da Victoria’s Secret, que deixou o cargo em 2020.
O documentário também destacou sua relação com Jeffrey Epstein, ex-gerente financeiro do empresário, acusado e condenado por tráfico sexual.
A produção mostra que Epstein usava o nome da marca para aliciar mulheres com promessas de trabalho como modelos.
Uma das vítimas, a atriz Alicia Arden, afirmou ter sido agredida e assediada por ele: “Eu me senti violada e maltratada. Ele se aproveitou de mim”, disse em coletiva de imprensa após a prisão do homem.
Durante anos, o império se manteve apoiado em uma estética que glorificava a magreza extrema e divulgava padrões inalcançáveis.
Já o documentário “The Tour”, de 2023, marcou uma nova fase da Victoria’s Secret com uma proposta focada em diversidade e inclusão, algo pouco visto na mundo da moda.
A mudança surgiu após anos de críticas envolvendo o nome da marca sobre gordofobia, transfobia, racismo e a excessiva sexualização dos corpos femininos.
Nos anos 1990 e 2000, os desfiles da grife eram grandes eventos de moda e entretenimento; no entanto, foram pausados em 2018, quando as polêmicas envolvendo padrões de beleza ganharam força.
A pressão do público e a repercussão negativa após o último desfile, que aconteceu há sete anos, acabaram levando o nome a um certo declínio.
Agora, com o retorno, a marca promete trazer de volta sua relevância na moda apostando, de fato, em diversidade. A nova fase poderá ser vista hoje com o Victoria’s Secret Fashion Show. Veja mais informações aqui.
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