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Publicado em 24/12/2025, às 10h30 Foto: Reprodução/Freepik Fernanda Montanha
As festas de fim de ano reúnem família, amigos e diferentes tradições gastronômicas. Nesse clima de celebração, a harmonização entre vinhos e pratos típicos ganha destaque, já que a combinação correta valoriza tanto o rótulo quanto o alimento.
Harmonizar significa fazer com que vinho e comida se complementem, criando uma experiência sensorial equilibrada. Para isso, é fundamental respeitar as características de cada rótulo (acidez, corpo, doçura, intensidade aromática) e também os elementos do prato, como modo de preparo, temperos, molhos e textura.
Segundo o Winepédia, uma das abordagens mais conhecidas é a harmonização por contraste, quandoelementos opostos se equilibram. Exemplos incluem vinhos com mais açúcar residual acompanhando preparações salgadas, vinhos mais ácidos equilibrando pratos gordurosos ou rótulos levemente adocicados contrastando com receitas picantes.
Outra possibilidade é a harmonização por similaridade. Nesse caso, prato e vinho apresentam características próximas, como estrutura, corpo ou notas aromáticas. Vinhos com acidez vibrante podem acompanhar pratos igualmente frescos; rótulos mais encorpados combinam bem com preparos robustos; vinhos doces harmonizam com sobremesas.
Independentemente da técnica escolhida, observar o conjunto do prato é essencial: cozido, assado ou defumado, mais leve ou mais untuoso — tudo isso influencia na escolha do rótulo ideal.
Muito presente nas mesas brasileiras, a bacalhoada é simples no preparo, mas intensa no sabor. O sal do peixe, somado a batatas, pimentões e azeite, cria um conjunto complexo que pede vinhos capazes de acompanhar sua força.
Para evitar que o prato domine a bebida, a melhor escolha são brancos ou rosés mais encorpados e estruturados, ou tintos leves. Evite rótulos muito tânicos ou alcoólicos, que podem amargar quando combinados ao sal do bacalhau.
A harmonização por contraste também funciona bem, especialmente com vinhos que tenham um pouco mais de açúcar residual
Clássicos da ceia, Chester e Peru exigem atenção por apresentarem características diferentes. O Chester se aproxima do frango no sabor e na textura; já o Peru é mais firme e apresenta intensidade maior.
Nos dois casos, rosés estruturados e tintos leves são boas opções, já que não encobrem a delicadeza da carne, mas entregam estrutura suficiente para acompanhar a refeição
O sabor marcante da carne suína e o aroma típico desses preparos fazem com que eles sejam versáteis na harmonização. A escolha do vinho deve levar em conta o modo de preparo, os acompanhamentos e, principalmente, o molho.
Pratos com frutas, como tender ao molho de abacaxi, combinam bem com Chardonnays mais estruturados. Já o leitão assado harmoniza melhor com tintos leves e de acidez mais pronunciada, como muitos exemplares portugueses.
Seja qual for o cardápio escolhido, a harmonização adequada transforma o momento em uma experiência ainda mais marcante.