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Publicado em 13/11/2025, às 09h09 Foto: Reprodução/NASA Fernanda Montanha
O cometa 3I/Atlas, um corpo celeste vindo de além do Sistema Solar, voltou a chamar atenção de astrônomos e curiosos do mundo todo.
O objeto, classificado como interestelar por não ter origem em torno do Sol, reacendeu discussões sobre a existência de vida alienígena.
Em fóruns de astronomia e até no popular podcast de Joe Rogan, especulou-se se ele poderia ser uma nave espacial disfarçada.
Mas, segundo a revista Wired, novas análises científicas começaram a esclarecer o enigma. O radiotelescópio MeerKAT, instalado na África do Sul e composto por 64 antenas de 13,5 metros, captou pela primeira vez um sinal de rádio emitido pelo 3I/Atlas.
À primeira vista, a expressão “sinal de rádio” pode causar espanto e sugerir uma origem artificial. No entanto, os astrônomos foram rápidos em descartar essa hipótese. O que o telescópio detectou é um fenômeno totalmente natural, já observado em diversos outros corpos celestes.
Os cientistas identificaram a chamada absorção de OH nas frequências de 1665 e 1667 megahertz. Em termos simples, isso significa que o cometa estava absorvendo ondas de rádio específicas devido à presença de moléculas conhecidas como radicais hidroxila (OH). Elas surgem quando a luz solar quebra a água (H₂O) liberada da superfície do cometa.
Esse comportamento é típico de astros compostos por gelo e poeira. A reação entre radiação solar e moléculas de água é um marcador clássico de cometas, confirmando que o 3I/Atlas é natural e não tecnológico.
Mesmo com as evidências, o tema ainda desperta teorias conspiratórias. O astrofísico Avi Loeb, famoso por propor que o objeto 1I/‘Oumuamua poderia ser uma estrutura alienígena, também se interessou pelo caso. Ele incentivou observatórios a buscarem sinais do 3I/Atlas, já que sua trajetória se aproxima da região de onde surgiu o famoso “Sinal Wow!”, captado em 1977.
Ainda assim, Loeb reconheceu que não há indícios de emissões artificiais vindas do cometa. Até o momento, apenas o sinal natural de absorção de OH foi detectado. Mesmo assim, ele pretende continuar acompanhando o fenômeno, e mencionou que a sonda Juno, atualmente em órbita de Júpiter, poderá em 2026 registrar novas emissões de rádio, segundo O Globo.
Enquanto isso, o 3I/Atlas continua seu percurso pelo espaço. O cometa deve se aproximar da Terra em 19 de dezembro, quando será possível observá-lo com telescópios de médio porte.
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