Ancelotti manda recado direto aos jogadores da Seleção Brasileira; entenda

A Seleção Brasileira voltou a se reunir sob o comando de Carlo Ancelotti, desta vez para uma série de amistosos contra Coreia do Sul e Japão. A equipe já está garantida na Copa do Mundo de 2026 e aguarda o sorteio dos grupos em dezembro.

Enquanto isso, o treinador aproveita o período na Ásia para testar formações, observar atletas e reforçar sua visão sobre o que espera da equipe.

Mentalidade vencedora no foco

Ancelotti, conhecido por sua postura direta, aproveitou a coletiva para enviar uma mensagem clara aos jogadores e à torcida. Para o técnico, a prioridade não é brilhar individualmente, mas levantar o troféu mundial. Em suas palavras, os atletas precisam estar no torneio “para ganhar o Mundial, não para serem os melhores do Mundial”.

Essa fala ecoa como um recado firme, sobretudo após anos em que a narrativa ao redor da Seleção se confundiu com a busca por craques individuais. A era Neymar intensificou essa expectativa, colocando a atenção mais em feitos pessoais do que no desempenho coletivo.

Uma virada de chave necessária

Nos últimos anos, parte da torcida e até da imprensa alimentou a ideia de que o Brasil precisava voltar a ter o “melhor do mundo” para conquistar títulos. Essa lógica se inverteu perigosamente, como se o reconhecimento individual viesse antes das vitórias coletivas.

No passado, craques como Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo e Kaká foram premiados após conquistas importantes com clubes ou Seleção, e não o contrário.

Desde que Neymar assumiu o protagonismo, a Seleção passou a jogar em função dele. Nas Copas em que participou, ficou evidente que suas atuações priorizavam objetivos pessoais, com o time muitas vezes orbitando ao redor do camisa 10 em vez de agir como uma unidade sólida, segundo o NSC.

Novo ciclo, novas diretrizes

Ancelotti quer mudar esse rumo. Seu objetivo é montar um elenco coeso, onde cada jogador entenda seu papel dentro de um esquema coletivo. O técnico aposta na força do conjunto para reconquistar o protagonismo mundial, deixando claro que não há espaço para estrelismos isolados.

Com os amistosos contra Coreia do Sul e Japão, o treinador inicia um ciclo que vai além dos testes táticos. Trata-se de uma redefinição de mentalidade, com foco em trabalho coletivo, ambição esportiva e disciplina competitiva.

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