Farinha Lima

Faria Lima em chamas

De novela bilionária no mercado à fila de festival que virou esporte radical — São Paulo segue entregando entretenimento em todos os gêneros  |  Foto: Imagem feita por IA

Publicado em 10/09/2025, às 07h00   Foto: Imagem feita por IA   Farinha Lima

No mercado financeiro, a novela da vez parece escrita para o horário nobre: um banqueiro decidido a se desfazer de ativos de luxo e outro com apetite para comprar tudo; do hotel cinco estrelas no Itaim até participação em gigantes do varejo e do setor elétrico, num pacote que beira R$ 1 bilhão.

A negociação, feita em rodadas dignas de série de tribunal, envolveu dezenas de assessores, polêmicas sobre papéis podres e até a piada do “R$ 1” que nunca se confirmou. Enquanto isso, outros pretendentes rondavam a vitrine, mas foi um só que levou a melhor.

O roteiro ganhou novos capítulos quando o Banco Central barrou um negócio paralelo e marcou reunião com o vendedor para discutir, oficialmente, “assuntos institucionais”. Tradução: suspense garantido para os próximos episódios.

Patriotismo invertido

Foto: Imagem feita por IA

No 7 de Setembro na Avenida Paulista, bolsonaristas decidiram que a festa nacional precisava de um toque internacional e desfilaram com uma bandeira gigante dos Estados Unidos, em homenagem a Trump e em “protesto pela liberdade” contra Alexandre de Moraes.

A cena, claro, não passou batida: governistas reclamaram do gesto como um show de patriotismo às avessas, comparando a bandeira americana na Paulista com a brasileira em Brasília e classificando a turma como “traidores da pátria”. Assim, enquanto uns celebravam o 7 de Setembro com o verde e amarelo, outros optaram por uma manifestação bem diferente do clima cívico tradicional.

Fica para a próxima

Depois de uma semana intensa entre Brasília e a Paulista, o governador de São Paulo resolveu ficar por aqui e dar uma pausa nas viagens. Entre reuniões para empurrar o projeto de anistia no Congresso e discursos inflamados chamando ministros de tiranos, ele agora trocou o megafone da política nacional pelo microfone da Fiesp, lançando a nova etapa do Acordo Paulista e exaltando privatizações e concessões.

Curiosamente, nem uma palavra sobre anistia ou STF durante o evento; parece que o tema ficou guardado para a próxima “tour”. E para a imprensa, só um recado rápido: agenda em SP esta semana e nada de entrevistas.

Camarote vazio

A NFL voltou a São Paulo com toda pompa na Neo Química Arena, mas quem roubou a cena foi justamente quem não apareceu: Taylor Swift. O “time do noivo da Taylor”, também conhecido como Kansas City Chiefs, perdeu para o Los Angeles Chargers por 27 a 21, e a loirinha sequer deu as caras; nem no camarote duplamente reservado, nem no feed do Instagram. O Corinthians jurou que teria recado dela, a transmissão garantiu presença confirmada e até vistoria de segurança rolou, mas minutos antes do jogo o TMZ já havia dado o banho de água fria: nada de Taylor em Sampa.

Oficialmente, foi uma viagem curta demais para as esposas dos atletas e, extraoficialmente, a equipe da cantora não quis arriscar com segurança. Moral da história: o público viu touchdown, mas ficou sem a selfie da musa pop.

Show de fila

Enquanto uns correm atrás de palco e som no The Town, outros protagonizam o que poderia ser considerado esporte radical: maratonas nas filas de estande, banheiro e refil de água. Há quem elogie a organização, mas também quem se frustre ao chegar na vez e descobrir que os brindes acabaram. Algumas filas duram mais de uma hora, enquanto outras são apenas um rápido percalço.

No fim, muita gente ainda não viu nenhum show, mas pelo menos ganhou experiência em resistência e paciência.

Classificação Indicativa: Livre


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