Farinha Lima
por Farinha Lima
Publicado em 03/09/2025, às 07h00
Após a operação da Polícia Federal que explodiu o coração da Faria Lima, a turma que frequenta o local hype de São Paulo alertou para um detalhe curioso: a farinha que sacode os escritórios da Wall Street brasileira e seus yuppies sumiu das enormes mesas de reunião de granito.
Está todo mundo com medo de jogar o “pozinho” camarada na mesa e acabar tomando uma busca e apreensão.
Além de toda a parafernália com a turma do PCC, ainda correria o risco de ganhar a alcunha de chincheiros engomadinhos. Afinal, todo mundo sabe que, quando a tarde cai nos suntuosos escritórios, a galera se “acende” com o aditivo pecaminoso — e o pau quebra madrugada adentro.
A Reag Investimentos, uma das big four da Faria Lima, foi sacudida pela Operação Carbono Oculto. Seu líder encontrava-se em viagem pela Europa e não foi localizado no dia da busca e apreensão.
A diretoria e o conselho administrativo rapidamente decidiram emitir comunicados e fatos relevantes no intuito de acalmar os milhares de investidores do mercado, mas já era tarde: o estrago havia sido avassalador, e predadores gigantes como BTG, Galápagos, JBS, entre outros, já rondavam a “carniça”, esperando para levar o maior pedaço para casa.
A hora da reação é imediata, e serão necessários advogados “renomados” para conter a fúria da grande mídia e tentar salvar o que restou da Operadora do Mansur.
A “Carbono Oculto” entrou para a história como a maior operação já feita contra o crime organizado no Brasil: e não é exagero. De um lado, o PCC comandando a bomba de gasolina; do outro, operadores engravatados da Faria Lima transformando metanol em champagne financeiro.
O esquema, que girou R$ 52 bilhões em quatro anos e recolheu só 0,17% em impostos, incluía mais de mil postos fantasmas, fintechs que funcionavam como bancos paralelos e fundos de investimento que escondiam fazendas, usinas e até mansões de praia.
Resultado: enquanto o consumidor enchia o tanque com gasolina batizada, os chefões enchiam cofres blindados com camadas e camadas de “criatividade” financeira.
Se a primeira parte mostrou o casamento entre o PCC e a Faria Lima, a sequência revela a rede de “cortinas de fumaça” que sustentava o esquema. Padarias com nomes quase idênticos brotavam em esquinas paulistanas, onde laranjas sem renda viravam donas de dezenas de empresas da noite para o dia.
As lojas de conveniência também cumpriam seu papel: centenas de filiais em nome de parentes e testas de ferro serviam para confundir, fechar, reabrir e embaralhar as pistas de quem realmente lucrava.
A engrenagem era precisa: dos postos clandestinos à importação, passando por fintechs e fundos de investimento, tudo convergia para um sistema que movimentou bilhões e deixou ao Estado apenas migalhas.
No fim, a Carbono Oculto expôs não só gasolina adulterada e notas frias, mas uma economia paralela em que pão francês e champanhe dividiam a mesma contabilidade do crime.
Da F-1 para a “pista errada”: Tarso Marques trocou o grid pelo camburão ao ser flagrado na Cidade Jardim a bordo de um Lamborghini de R$ 1,2 milhão, sem placa e com um currículo mais sujo que motor de kart velho — apropriação indébita, restrições judiciais e uma montanha de dívidas que somam R$ 1,3 milhão.
O ex-piloto alegou que só deu uma “voltinha de 200 metros até o posto”, mas acabou parado na blitz e liberado após fiança de R$ 22,7 mil, o equivalente a 15 salários mínimos.
Para completar a cena, jurou não saber de nada e culpou a empresa dona do carro, já condenada por pirâmide financeira.
Depois, apareceu sorridente nas redes, dirigindo outro carrão, como se nada tivesse acontecido — afinal, no Brasil, a corrida nunca é contra o tempo, mas contra a lei.
Expulsa dos apps de paquera por “ser bonita demais”, uma influenciadora de São Paulo vive o curioso dilema de ter a própria identidade colocada em xeque. Reconhecida por um estudo internacional como dona do corpo mais simétrico do mundo, ela já foi denunciada tantas vezes como perfil fake que até a foto de documento não serviu para convencer os algoritmos.
Nem o Detran comprou a versão: na hora de renovar a CNH, acharam que a jovem de 18 anos da foto antiga não tinha nada a ver com a versão atual, moldada por bisturi e estética de luxo. Agora, cansada das expulsões, tenta vaga em aplicativo pago que exige até aprovação de comitê.
A dúvida que fica: ser “perfeita” em São Paulo não estaria saindo caro demais?
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