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Celulares vão ficar mais caros em 2026: entenda o motivo por trás disso

Além dos celulares, o impacto também deve atingir notebooks, PCs e dispositivos que usam os chips mais tecnológicos do mercado  |  Foto: Unsplash

Publicado em 11/12/2025, às 17h10 - Atualizado às 17h12   Foto: Unsplash   Marcela Guimarães

A expectativa é que alguns celulares fiquem significativamente mais caros no ano que vem. A principal razão está no aumento dos custos de produção.

A pressão maior vem da escassez dos chips de memória, principalmente os tipos DRAM e NAND, componentes fundamentais não só para smartphones, mas para praticamente qualquer dispositivo.

O problema se intensificou com a corrida global por infraestrutura de inteligência artificial (IA). Fabricantes como Samsung, SK Hynix e Micron passaram a priorizar o fornecimento desses chips para servidores corporativos de IA, que garantem margens de lucro muito mais altas.

Como consequência, a oferta destinada a produtos de consumo (incluindo celulares, computadores e tablets) diminuiu de maneira acentuada.

Memórias em disparada

Relatórios recentes mostram que os preços da memória DRAM já acumulam altas que variam entre 70% e 80%, podendo ultrapassar 170% em alguns casos.

O impacto é tão grande que kits de 64 GB de RAM DDR5 para PCs já custam mais caro do que um console PlayStation 5. A alta, inclusive, já havia sido antecipada por Lu Weibing, presidente da Xiaomi, que afirmou que os smartphones da marca ficarão “consideravelmente mais caros” em 2026.

As projeções, segundo o site Canaltech, seguem negativas. Espera-se uma nova alta de aproximadamente 30% nos preços de memória no fim de 2025, acompanhada por mais 20% no início do ano que vem.

Com isso, o preço médio global dos celulares deve subir de US$ 457 para US$ 465 (de R$ 2.509 para R$ 2.553 na conversão direta).

Foto: Divulgação/Samsung

Volume de vendas

Esse encarecimento deve afetar o volume de vendas. O mercado de celulares pode reduzir 0,9%, mas algumas análises mais pessimistas falam em até 2% na produção mundial.

O setor de computadores segue a mesma tendência, com notebooks da HP registrando aumentos de até 15%.

A Framework Computer, por sua vez, chegou a retirar módulos de memória de sua loja para evitar que revendedores aproveitem o problema para inflar preços.

A situação também é refletida nos processadores destinados aos smartphones mais caros. O novo Snapdragon 8 Elite Gen 5 deve sofrer reajuste de cerca de 20%, pressionando ainda mais os gastos dos modelos topo de linha com Android.

Algumas estimativas apontam que certas fabricantes pagarão até US$ 190 (cerca de R$ 1.043) apenas para adquirir o chip.

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