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Publicado em 16/05/2025, às 12h42 É estimado que a união das duas empresas gere, pelo menos, R$ 800 milhões por ano. - Por Bruno Luiz via Wiki Commons Camila Lutfi
A Marfrig e a BRF, gigantes frigoríficas do Brasil, anunciaram nesta sexta-feira (16) a fusão das suas operações, dando origem a uma nova empresa com receita de R$ 153 bilhões. É estimado que a união das duas empresas gere, pelo menos, R$ 800 milhões por ano.
Para viabilizar a operação, o fundador e controlador da Marfrig, Marcos Molina, não estará mais no comando da nova instituição, rebatizada de MBRF. Atualmente, Molina possui 72% do capital da Marfrig e agora vai ter 41% da MBRF, sustentando a posição de maior acionista.
Os outros dois principais acionistas da nova frigorífica serão o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita - que hoje tem 11% da BRF e ficará com 10% da nova companhia - e a Previ - que tem 5,9% da BRF e ficará com 5,1% da MBRF -, respectivamente.
A fusão das duas empresas com valores de mercado milionários pode gerar dúvidas em relação ao preço dos produtos e demissões das empresas antigas. As respostas, no entanto, não são imediatas.
Segundo Molina revelou em entrevista ao Brazil Journal, a operação traz muitas oportunidades de sinergia nas áreas comerciais, logística, de suprimentos e nos custos. A junção pode reduzir os preços do produto final devido a essa redução de custos, mas deve ser analisado conforme o tempo e a produção da MBRF.
O mesmo acontece para a questão das demissões. Ainda que a Marfrig e BRF não existam mais, é possível manter os funcionários e até mesmo abrir novas oportunidades para suprir a demanda exigida. No entanto, essa conclusão deve ser tomada apenas depois de ajustar os clientes da nova frigorífica.
É possível olhar com otimismo, ainda, para a otimização da estrutura corporativa, o que deve ajudar na compra de suprimentos, melhorar a logística com um CD multi proteína e podendo levar fretes com volumes maiores.
Além disso, a fusão de Marfrig e BRF vai juntar as operações das duas companhias num mesmo estado, o que deve gerar uma redução de impostos como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e reduzir o lucro tributável.
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