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Por que a 2ª parcela do 13º sofre descontos? Saiba o que muda no pagamento

A segunda parcela do 13º salário deve ser paga até 20 de dezembro e pode gerar confusões devido aos descontos obrigatórios.  |  Foto: Reprodução/Unsplash

Publicado em 05/12/2025, às 13h09   Foto: Reprodução/Unsplash   Fernanda Montanha

A segunda parte do 13º salário precisa ser paga até 20 de dezembro e costuma gerar dúvidas entre os trabalhadores. Isso porque, ao contrário da primeira parcela, recebida “cheia”, é justamente na segunda metade que entram todos os descontos obrigatórios, o que reduz o valor final.

Segundo os tributaristas Bruno Medeiros Durão e Adriano de Almeida, do escritório Durão & Almeida, para o Correio Braziliense, este é o período do ano em que mais surgem reclamações e confusões sobre o cálculo.

“A primeira parcela cria uma falsa impressão, já que vem sem nenhum abatimento. Na segunda, aparecem os descontos de INSS e, em alguns casos, do Imposto de Renda”, explica Durão.

Foto: Reprodução/Unsplash

Almeida reforça que muita gente acredita que houve erro no pagamento por falta de informação. “A queda no valor é normal. Todos os tributos recaem sobre a segunda parcela, e isso ainda pega muita gente desprevenida.”

Para ajudar no planejamento e evitar sustos, especialistas destacam cinco pontos que precisam estar no radar:

1. INSS: o primeiro desconto que derruba o valor líquido

O INSS é calculado sobre o total do 13º, seguindo a tabela progressiva. Quem está nas faixas mais altas contribui mais, e sente o impacto direto no valor recebido.

2. Imposto de Renda: só paga quem ultrapassa a faixa de isenção

O IR não se aplica a todos, mas quem extrapola o limite de isenção verá um abatimento relevante. “O 13º também compõe a base de cálculo do imposto, e isso costuma ser esquecido”, lembra Almeida.

3. Adiantamento pode virar problema no fim do ano

A primeira parcela, paga normalmente em novembro, chega sem descontos. Toda a cobrança é concentrada em dezembro. “Muita gente gasta o adiantamento achando que a segunda virá igual. Esse é o erro que mais causa descontrole financeiro nessa época”, afirma Durão.

4. Usar parte do 13º para quitar dívidas reduz gastos futuros

Reservar uma quantia para contas atrasadas ou renegociar pendências evita juros que costumam pesar logo em janeiro. Muitas vezes, isso traz mais vantagem do que compras de fim de ano.

5. Planejamento agora pode diminuir o imposto em 2026

Despesas dedutíveis pagas ainda em dezembro, como saúde, educação ou previdência, podem reduzir o imposto a pagar na declaração do ano seguinte. “O 13º pode virar ferramenta de economia se usado estrategicamente”, conclui Almeida.

Classificação Indicativa: Livre


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