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Brasileira cai em vulcão na Indonésia: veja os desafios que dificultam o resgate

Terreno íngreme, neblina e falta de equipamentos dificultam a missão de salvar Juliana Marins, brasileira que caiu em vulcão em Lombok  |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 23/06/2025, às 08h12   Foto: Reprodução/Redes Sociais   Fernanda Montanha

As operações para encontrar e retirar Juliana Marins, turista brasileira de 24 anos, seguem marcadas por enormes obstáculos no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia. Juliana, natural de Niterói (RJ), sofreu um grave acidente ao despencar cerca de 300 metros durante uma trilha. Ela está viajando pela Ásia desde fevereiro e já havia visitado países como Vietnã, Tailândia e Filipinas. Além de turista, Juliana é artista e se apresenta profissionalmente como dançarina de pole dance.

As dificuldades para o resgate são múltiplas. O terreno na região é extremamente acidentado e coberto por vegetação densa. A queda aconteceu em uma área de difícil acesso, onde o solo é íngreme e as pedras se tornam ainda mais traiçoeiras devido ao sereno. A intensa neblina reduz drasticamente a visibilidade, impedindo as equipes de localizar a jovem com precisão. Essa mesma neblina, inclusive, foi apontada como uma das razões que contribuíram para Juliana escorregar.

Outro problema tem sido o clima instável. As condições meteorológicas desfavoráveis já obrigaram a suspensão temporária das buscas em momentos anteriores. Quando o tempo permitiu, os trabalhos foram retomados, mas o risco permanece alto tanto para Juliana quanto para os socorristas. Além disso, o equipamento disponível não tem sido suficiente: as cordas usadas nas tentativas de descida não alcançaram o local onde a jovem caiu. A família também cobra a utilização de um helicóptero, visto como a “última esperança” de um desfecho positivo.

O Itamaraty, por meio da embaixada em Jacarta, tem acompanhado o caso e articulado com autoridades locais para reforçar o resgate. Apesar do apoio diplomático, os desafios impostos pela natureza continuam sendo um grande obstáculo.

De acordo com relatos da família, Juliana estava consciente após a queda, mas conseguia movimentar apenas os braços. Há incerteza sobre sua posição atual, já que a neblina e o relevo instável podem ter provocado novo deslocamento. A busca segue sendo uma verdadeira corrida contra o tempo.

 

Classificação Indicativa: Livre


Tags indonésia vulcão brasileira

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