Polícia

Dono da Ultrafarma é preso por envolvimento em esquema de corrupção

Além do dono da Ultrafarma, diretor da Fast Shop e auditor fiscal da Secretaria da Fazenda também foram detidos por propinas.  |  Foto: Reprodução/Redes sociais

Publicado em 12/08/2025, às 09h42   Foto: Reprodução/Redes sociais   Gabriela Teodoro Cruz

O empresário Sidney Oliveira, fundador e dono da rede Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que mira um esquema bilionário de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda.

O G1 informou que Oliveira foi detido em sua chácara, localizada em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Até a última atualização desta reportagem, a Ultrafarma e a Secretaria da Fazenda não haviam se manifestado e a defesa do empresário também não foi encontrada.

Esquema teria movimentado R$ 1 bilhão em propinas

De acordo com as investigações, o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda paulista, liderava um esquema de manipulação de processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas.

Em contrapartida, segundo o MP-SP, ele recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada no nome de sua mãe. Desde 2021, o esquema teria arrecadado cerca de R$ 1 bilhão.

Silva Neto foi preso na operação, assim como Mário Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, detido em um apartamento na Zona Norte da capital paulista. A Fast Shop também foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos.

Dinheiro vivo e esmeraldas apreendidos

Além dos três mandados de prisão, a operação cumpre ordens de busca e apreensão em residências e sedes das empresas investigadas.

Durante uma das diligências, em Alphaville, região metropolitana de São Paulo, agentes encontraram pacotes de dinheiro vivo e esmeraldas guardadas em um dos imóveis.

Investigação e crimes atribuídos

A ofensiva é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), que conduziu meses de apuração com análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça.

Os investigados podem responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Classificação Indicativa: Livre


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