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Ex-delegado assassinado: mulher suspeita é detida em SP

Dahesly Oliveira Pires foi capturada em São Paulo após depoimento no DHPP, sendo acusada de levar fuzil usado no crime.  |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 18/09/2025, às 09h03   Foto: Reprodução/Redes Sociais   Fernanda Montanha

A Polícia Civil prendeu, na madrugada desta quinta-feira (18), uma mulher apontada como envolvida na morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. A captura ocorreu em São Paulo, poucos dias após o crime registrado em Praia Grande, no litoral paulista.

Segundo os investigadores, ela teria levado um fuzil usado na execução escondido em uma sacola até um comparsa no ABC Paulista, na última segunda-feira (15).

Horas antes da prisão, a jovem de 25 anos havia sido ouvida no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), no centro da capital. Após o depoimento, a Justiça autorizou o pedido de prisão temporária feito pela polícia.

Identificação e prisão da suspeita

Fontes da CNN confirmaram que a suspeita é Dahesly Oliveira Pires, que já possui passagem criminal por tráfico de drogas. Durante o interrogatório, ela afirmou que desconhecia o conteúdo da sacola transportada, versão que não convenceu os investigadores.

Relatos colhidos pela polícia indicam que Dahesly é namorada de um dos homens apontados como participantes diretos da execução de Fontes.

Por volta de 1h40 da madrugada, Dahesly saiu algemada do DHPP e foi encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para exame de corpo de delito. Em seguida, foi levada ao 6º DP (Cambuci), onde permanece detida e deve passar por audiência de custódia ainda nesta quinta.

Investigações seguem em andamento

Em publicação nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, destacou: “Temos a primeira prisão relacionada ao assassinato do Dr. Ruy”. Segundo ele, as equipes seguem mobilizadas para capturar todos os envolvidos.

Além da prisão de Dahesly, testemunhas e familiares dos dois suspeitos já identificados foram ouvidos, e objetos apreendidos durante o cumprimento de oito mandados de busca estão sendo periciados.

O crime e as linhas de investigação

Ruy Ferraz Fontes foi morto a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande. Imagens de câmeras de segurança mostram criminosos armados com fuzis interceptando o carro da vítima, que capotou ao colidir com um ônibus. Logo depois, os homens se aproximaram e o executaram.

Fontes era secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande e ficou conhecido por combater o PCC (Primeiro Comando da Capital), sendo considerado um dos principais alvos da facção.

Atualmente, o DHPP trabalha com três a quatro hipóteses para esclarecer o crime. A principal aponta para um ato de vingança do PCC, especialmente por parte de um grupo chamado “Sintonia Restrita”.

Outra possibilidade investigada é que o homicídio tenha relação com sua atuação recente na prefeitura. A polícia afirma que diversas informações chegaram desde a noite do crime e que todas estão sendo checadas.

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