Jovem mata cachorro de família de imigrantes e é acusado de xenofobia; veja

Um cachorro foi morto a facadas na última segunda-feira (16) no Jardins, bairro nobre da cidade de São Paulo. O animal vivia com uma família de imigrantes em situação de rua. 

A família de vários países da América do Sul (Argentina, Equador e Colômbia) denunciou Enzo Gianetti, de 23 anos, pelo assassinato e por xenofobia.

Segundo o boletim de ocorrência e testemunhas, o jovem circulava de patinete na região da Praça Alexandre de Gusmão e xingou os filhos do casal de imigrantes, que moram em uma barraca. 

O homem ainda discutiu com os pais das crianças, dizendo que deveriam voltar para o lugar de onde vieram. Além disso, o boletim de ocorrência revela que Gianetti fazia gestos de ameaça de morte para as crianças.

Nesse momento, o pai acionou policiais militares que estavam na praça e revistaram o jovem, que tinha uma faca. Ainda assim, os PMs liberaram o suspeito e devolveram a arma.

Uma hora depois, aproximadamente, Gianetti voltou ao local e avançou sobre o filho do casal com a faca, mas a criança foi protegida pela cadela, chamada Pandora. De acordo com testemunhas, ela tentou desviar o agressor, mas foi esfaqueada. Mesmo após o atendimento pela Faculdade Veterinária Anhembi Morumbi, o animal não resistiu aos ferimentos.

Daniela Ayelen Vera, a mãe das crianças, registrou o boletim de ocorrência, que foi registrado como ato de abuso a animais, além de xenofobia. Vale ressaltar que o suspeito fugiu, mas seus dados foram obtidos com a empresa de aluguel dos patinetes.

Para crimes contra animais, a pena prevista é de dois a cinco anos de reclusão, multa e proibição de guarda, quando se tratar de cão ou gato.

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