Mais de 100 garrafas de bebidas são apreendidas após suspeita de metanol; entenda

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu 117 garrafas de bebidas alcoólicas irregulares nesta segunda-feira (29), em uma operação de fiscalização motivada por casos recentes de intoxicação por metanol.

Estabelecimentos investigados

Segundo a Gazeta de SP, as ações ocorreram em três pontos da capital paulista: dois na região do Jardim Paulista, área nobre da cidade, e outro na Mooca, zona leste.

Esses locais são suspeitos de ligação com a morte de três pessoas após o consumo de produtos adulterados.

Durante a vistoria, os agentes encontraram mercadorias sem rótulo e sem qualquer comprovação de origem. A ausência de informações básicas nos frascos levantou fortes indícios de falsificação.

Apoio de órgãos de saúde

A operação contou com a participação conjunta do Centro de Vigilância Sanitária estadual e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da prefeitura. Dois estabelecimentos, além das apreensões, foram autuados por descumprirem normas sanitárias.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), todo o material apreendido será submetido à perícia técnica. Os resultados devem auxiliar na confirmação das fraudes e na identificação da cadeia de distribuição dessas bebidas.

Mortes e internações

Paralelamente às investigações, a Prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou mais uma morte ligada a bebidas com metanol. Esta já é a terceira vítima no Estado e a segunda no município do ABC.

Entre os casos registrados, está o de um homem de 54 anos, morador da região da Mooca/Aricanduva, que apresentou sintomas no início de setembro e não resistiu após seis dias de internação. Outra morte foi registrada em São Bernardo, também associada ao consumo de álcool adulterado.

Além das fatalidades, três pessoas continuam hospitalizadas na capital. O cenário preocupa ainda mais porque novos episódios foram notificados em cidades do interior, como Limeira e Bragança Paulista.

Jovens entre as vítimas

Na cidade de São Paulo, a Polícia Civil apura a intoxicação de quatro jovens, com idades entre 23 e 27 anos, que precisaram de atendimento emergencial depois de consumirem duas garrafas de gin suspeitas. O grupo, formado por dois homens e duas mulheres, segue em acompanhamento médico.

Risco crescente

Os recentes episódios mostram o avanço do problema. As autoridades alertam que bebidas falsificadas podem conter substâncias altamente tóxicas. O metanol, usado de forma ilegal na adulteração, é capaz de causar cegueira, falência de órgãos e até morte.

Enquanto aguardam os laudos periciais, os órgãos de saúde reforçam a recomendação de que os consumidores comprem apenas bebidas de origem comprovada, com rótulo, selo de fiscalização e procedência confiável.

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