Polícia
Publicado em 03/10/2025, às 16h57 Reprodução/Unsplash Caroline Leal
O avanço dos casos de intoxicação por metanol acendeu um alerta no Brasil e deixou em dúvida quem planejava aproveitar o fim de semana. Até agora, são 59 notificações no país, a maior parte em São Paulo (53), de acordo com o CNN.
Destas, 11 foram confirmadas, incluindo uma morte, enquanto outras sete seguem em investigação.
A notícia, claro, gerou preocupação: afinal, é seguro beber? A resposta não é tão simples. Enquanto algumas associações ligadas ao setor de bares e restaurantes afirmam que não há necessidade de interromper o consumo, desde que haja cautela, o Ministério da Saúde recomenda evitar os destilados neste momento.
Segundo a pasta, se a escolha for beber, é fundamental não comprar produtos sem rótulo, selo fiscal ou lacre de segurança.
A recomendação também inclui desconfiar de preços baixos demais e embalagens em mau estado, que podem indicar adulteração. Para reforçar essa orientação, entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes têm promovido treinamentos para comerciantes, com foco em identificar falsificações em garrafas, tampas e rótulos.
O governo corre contra o tempo para garantir o tratamento adequado. O Ministério da Saúde e a Anvisa anunciaram a aquisição de antídotos contra o metanol: o etanol farmacêutico, já estocado em hospitais universitários, e o fomepizol, considerado o principal medicamento nesses casos.
Como o produto não tem registro no Brasil, a Anvisa abrirá um edital internacional para compra, além de ter solicitado à Organização Pan-Americana de Saúde a doação imediata de 100 tratamentos.
O recado das autoridades, portanto, é claro: se for consumir, faça isso com máxima atenção à procedência. E, diante da dúvida, a recomendação oficial é evitar destilados neste momento.